Saiu no GSHOW.
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Desde muito cedo, Dira Paes se viu envolvida em questões relacionadas aos direitos humanos. Antes mesmo de ser atriz, a paraense já estava conectada a esse setor. Ao ver um de seus trabalhos em edição especial na TV Globo devido à pandemia de Covid-19, a artista se deu conta da importância da história de Celeste em Fina Estampa ser exibida no horário nobre mais uma vez. Com o isolamento social, o número de feminicídio aumentou e muitos casos de violência doméstica acabaram sendo subnotificados.
Por causa da personagem agredida pelo marido na novela de 2011, Dira afirmou que ainda hoje, nove anos após sua exibição original, recebe muitas mensagens de mulheres que enfrentam ou enfrentaram casos de violência dentro de casa e lamenta que os índices desse tipo de crime não tenham diminuído:
“Para viver a Celeste, eu mergulhei fundo nas experiências das mulheres que sofrem violência doméstica e não conseguem sair do ciclo vicioso dessa violação. Mulheres que não conseguem denunciar os maridos. Era nesse lugar que eu via a Celeste. Eu pensava no que fazia essa mulher ter a imobilidade de pedir ajuda, o que a deixava imóvel para não denunciar”.
“Me senti muito honrada de desempenhar um papel que, infelizmente, faz a gente perceber que é uma realidade no Brasil, que não houve uma consciência total desse problema que é uma pandemia. Podemos chamar de pandemia também a violência contra a mulher. Nós estamos unidas de alguma maneira prestando atenção e tentando acolher as vítimas”.