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Na primeira eleição municipal com financiamento proporcional para candidaturas negras e para candidaturas femininas, a advogada Roberta Eugênio vê sinais de avanço na promoção de uma política mais igualitária, com um novo Brasil sendo redesenhado. Pesquisadora do Instituto Alziras, que se dedica a fortalecer o papel das mulheres na política, ela comemora o aumento do número de vereadoras eleitas, as votações expressivas registradas por elas e os resultados das candidatas a prefeitas em 2020.
“Esses dados são um acalento para a gente de que está tendo luta, que a luta dá certo, que respostas estão sendo dadas e que existe a mudança”, afirma a ex-assessora parlamentar da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. “Saímos das eleições de 2016 muito cabisbaixos e, nestas eleições, a gente pode sair com um pouco de esperança.”
Entre as vitórias contabilizadas nas urnas estão um crescimento no número de vereadoras em 17 capitais, com destaque para Recife, em que a mais votada foi uma mulher negra, Dani Portela (Psol). Em Belo Horizonte, que passou de 4 para 11 vereadoras, a campeã de votos foi Duda Salabert (PDT), mulher trans. Por outro lado, o número de mulheres na vereança diminuiu em 4 capitais: João Pessoa (PB), Curitiba (PR), Natal (RN) e Porto Velho (TO), de acordo com levantamento do instituto.