Saiu no Jota.
Veja a Publicação original.
Na reta final de um ano marcado por ameaças de impeachment, contaminação da água da CEDAE, por uma pandemia de ordem mundial que afetou os cariocas e por diversos escândalos na política, que vão de alegações de fraudes aos “Guardiões do Crivella”, passando por prisões e buscas e apreensões em imóveis de outros pré-candidatos, a cidade maravilhosa finalmente recebe uma boa notícia: vai ter mulher negra na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, sim!
Pelo menos é o que foi confirmado pelas convenções dos partidos. É que, dos 14 nomes com a pré-candidatura aprovada, 7 são de mulheres, dentre as quais 3 são de mulheres negras e ambos os números são recordes.
No contexto político-eleitoral do município do Rio de Janeiro, tem-se outro fiasco nesse tocante: nunca houve uma prefeita mulher, nunca houve um prefeito negro, tampouco houve uma mulher negra.
Por isso, desde já, ressalto que a alegria de ver um recorde histórico de mulheres como pré-candidaturas aprovadas e de mulheres negras com nome também aprovado pelas convenções não pode ser confundida com satisfação plena e descanso na luta. Ainda falta e falta muito.
No mínimo, falta a ampliação desse número e a garantia de confirmação desses números no registro das candidaturas. Ademais, falta engajamento e muita força, sobretudo força popular, para fazer das candidaturas eleições vitoriosas, para que as mulheres negras possam alcançar o mais alto posto, pelo menos, do Governo Municipal.
É que, conforme diz a grande mulher negra Viola Davis, “tudo que você precisa fazer é mover as pessoas só um pouquinho para mudanças acontecerem. Não precisa ser algo enorme”, pois “a única coisa que separa mulheres que não…