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As mulheres estão cada vez mais lutando por seus espaços e se posicionando em relação a diversos assuntos considerados polêmicos. Em 2016 diversas famosas falaram sobre temas importantes. São depoimentos fortes que fizeram refletir. Relembre alguns dos mais importantes.
Racismo
Titi, filha do casal de atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, conquistou fãs com seu estilo e sua fofura. Mas acabou sendo vítima de ataques racistas na internet. A mãe deu uma resposta exemplar que ensina muito sobre a origem do preconceito e sobre respeito.
Em uma foto do marido ao lado da cantora Gaby Amarantos, ela escreveu: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”, escreveu a atriz, citando uma famosa frase de Nelson Mandela, um dos líderes da luta pela igualdade racial na África do Sul.
Assédio moral e sexual
Vítima de assédio sexual no passado, a apresentadora Ana Maria Braga fez um relato corajoso e revelou ter sofrido assédio moral e sexual em várias situações ao longo de sua carreira. “Algumas de partir para o pessoal mesmo, para o físico, e outras só de sugestão, tipo, no fim da reunião: ‘Vamos jantar?'”, contou à Revista Contigo.
Ela contou também sobre o dia em que apresentou a ideia de um novo programa e, como resposta, recebeu uma “proposta indecente” do dono da empresa, que tentou agarrá-la. Ela fugiu correndo, rolou pela escada e acabou quebrando o braço. “Aí você chora bastante sozinha e tem duas opções: ou atende a isso e vira amante do infeliz, o que não vai ter um caminhar muito bom, porque aquilo acaba; ou realmente briga para achar um caminho de verdade. Ele era um cafajeste. E sempre acham que a culpa é da agredida, um monte de gente pensa assim. Tive uma discussão com um típico macho-alfa por causa do caso de estupro coletivo no Rio de Janeiro e ele falou: ‘Mas também, né, ela vive lá na favela…’. Eu falei: ‘Aqui, não! Você não vai falar um negócio desses. Ela pode ser mulher da vida, puta, pode ser o que for! Mas nada permite que alguém faça sexo sem o consentimento dela. Isso é estupro!’. Aí a figura engoliu seco, mas não pense que concordou com o que eu disse. Ele continua pensando do jeito dele… É por isso que há esse comportamento desses moleques aí fora, deviam ter pais assim. É difícil quebrar a cadeia do machismo burro e absoluto”, declarou.
Abuso sexual
Quem também abriu o jogo sobre situações de abuso sexual vividas no passado foi a nadadora Joanna Maranhão. Por conta das Olimpíadas no Brasil, em 2016, ela voltou a se posicionar de forma contundente contra a violência. Em entrevista ao Vix, ela contou sobre os abusos cometidos pelo seu treinador. Sua história levou à criação de uma Lei que mudou o que diz o Código Penal brasileiro sobre pedofilia.
Separação
A jornalista Fernanda Gentil se separou, mas continua mantendo uma relação cordial com o ex-marido, com quem tem um filho, Gabriel, de um ano – ela também cria Lucas, seu afilhado. Em seu Instagram, ela escreveu um texto mostrando que os problemas do casamento não devem afetar as crianças. Em uma foto ao lado do ex na comemoração dos oito meses filho, ela disse estar sentindo orgulho daquele momento.
“Família é tudo aquilo que a gente ama, e que são válidas todas as formas – e intensidades – de amor. Nada que acontece no mundo dos adultos pode ter a ousadia de interferir no mundo encantado das crianças. Que elas cresçam banhadas de carinho, respeito e sorrisos. Que vejam só a paz, e sintam só boas energias. Porque são as crianças a nossa melhor parte, nossa maior esperança de que há, sim, uma solução para tanta coisa triste que vemos por aí”.
Violência Obstétrica
Esse tipo de violência pode acontecer durante a gestação ou no momento do parto, incluindo o trabalho de parto, o parto em si e o pós-parto. A atriz Carolinie Figueiredo sofreu no nascimento de sua primeira filha, Bruna Luz, mas só cinco anos depois tomou coragem para falar sobre o assunto.
Ela disse que uma enfermeira a impediu de se posicionar como quisesse e forçou o parto de forma violenta. Além disso, a proibiu de expressar sua dor. “Ela quase subiu em cima de mim para ‘facilitar’ a saída. Pedi para ficar de cócoras e não deixaram, mandavam eu parar de gritar”, contou à revista Marie Claire.
Depois disso, ela passou a defender que a decisão sobre o parto, natural ou cesárea, seja um direito de cada mulher e que seja respeitado. Seu segundo filho, Theo, nasceu em casa.
Morte
Seis anos após a morte de seu filho Rafael, vítima de um atropelamento no Rio de Janeiro quando tinha 18 anos, a atriz Cissa Guimarães fez um texto comovente.
Ela publicou uma foto dela com o filho ainda criança e escreveu uma mensagem falando sobre seu amor por ele e mostrando a forma como enxerga a vida dele após a morte. “Rafael deveria ter 6 anos nesta foto. Com seus 6 anos nesta dimensão, me olhava, me tocava, me acarinhava com todo amor. E tomava conta de mim. E hoje é aniversário do nosso Anjo Rafael, 6 anos de uma missão sagrada e imensa, não mais de tomar conta só de mim. Salve Rafael! Obrigada, meu filho! A você, todo meu eterno e sagrado amor”.
Aborto espontâneo
A atriz Luana Piovani, hoje mãe de três filhos – Dom, Bem e Liz – sofreu um aborto espontâneo em sua primeira gravidez, em 2004. Mais de 10 anos depois, uma seguidora comentou em seu Instagram que havia perdido o bebê e a atriz se solidarizou.
Em resposta, Luana falou sobre o momento difícil que também passou. “Amada, dor não se compara, mas eu já sofri um aborto espontâneo e na hora sofri um século em meses. Mas hoje vejo que Deus tinha planos melhores pra mim”, desabafou Luana, pouco mais de duas semanas após dar à luz. “Infecção urinária causa óbito? Hoje em dia? Ele tava frágil por algum outro motivo? Você é casada? Vai tentar de novo? Já tem filhos? Eu tô por aqui viu, vamos conversando que vai diluindo… Que Deus esteja com você no colo, amada. Farei uma oração pela sua paz de espírito”, escreveu.
Respeito
Depois de receber o troféu “Melhores do Ano” na categoria melhor cantora no Domingão do Faustão, da TV Globo, Anitta recebeu uma série de comentários negativos.
Ela fez questão de responder às críticas com um texto enaltecendo sua profissão, sua personalidade, e mostrando a importância do respeito a todas as mulheres, independente da forma como se vestem ou se comportam. “Não é fácil fazer ser entendido que é possível ser mulher que rebola, que canta, que é nova, que sensualiza, que é solteira, sim, que usa roupa curta, e que ao mesmo tempo também estuda muito, trabalha muito, tem família, responsabilidade, se respeita e respeita o próximo. Essa sou eu e talvez muitas outras mulheres que querem ser livres pra curtirem suas vidas e ao mesmo tempo serem competentes e inteligentes, sem que uma coisa impeça a outra”, disse.
Feminismo
A jornalista Sandra Annenberg se posicionou sobre os direitos das mulheres e defendeu a igualdade entre todos os sexos. Em entrevista à Revista Contigo ela disse ter sofrido preconceitos ao longo da carreira e se declarou feminista.
“Ser feminista é ser pela igualdade de direitos entre todos os sexos. Nós mulheres temos de provar muito mais que somos capazes. Todos os dias. É um trabalho de formiguinha conseguir conquistar esse espaço. Fico feliz de entregar a minha filha um mundo um pouquinho mais igualitário e justo”, afirmou.
Aceitação
A atriz Taís Araújo inspirou e motivou muitas mulheres ao falar sobre a importância de cada uma se aceitar como é. Ela publicou uma foto mostrando diferentes fases de sua vida e falou do processo de transição capilar e de como deixou os alisamentos para trás e assumiu seus fios crespos naturais.
“Meu desejo era deixar meu cabelo natural depois de tantos anos usando química. Eu nem me lembrava como ele era! Foi muita paciência, criatividade pra encontrar penteados, escovas, tranças… E ainda depois de passar por tudo isso e conquistar o cabelo que eu queria, eu passei a tesoura e cortei bem curtinho e comecei tudo de novo! Hahaha! Maluca? Um pouco, talvez. Decidi compartilhar um pouco da minha história com vocês para que saibam que vale a pena esperar, que é difícil, sim, mas é tão legal a gente se olhar no espelho e se reconhecer como realmente é e gostarmos de ser como somos. Mudar é legal também, vale tudo, só não vale ser quem você não é! Lisa, cacheada, crespa, careca… não importa! Seja quem você é e sinta-se bem como você quiser”, escreveu.
Publicação Original: Assédios, abusos, respeito: 10 poderosas que não tiveram medo de dizer o que pensam