Saiu no site hypeness.
Veja a publicação original: Nova série de Michaela Coel é um pé na porta do debate sobre abuso sexual
Depois de acordar com um corte na testa e poucas lembranças do que aconteceu na balada, Arabella liga os pontos até perceber que ainda há flashes em sua memória de um homem sobre ela, no banheiro da boate.
Ao reconhecer que, de fato, um estupro havia acontecido, a personagem vive —no decorrer dos 12 episódios da temporada — a jornada de entender, assimilar e se curar do que ocorreu. Um processo com grandes características autobiográficas para Michaela.
– Ator de ‘Friends’ cria série de 6 episódios para discutir casos de abuso sexual
De acordo com informações do site “InStyle“, a produtora da série sofreu um abuso sexual em 2016, quando teve o drink que bebia batizado com drogas em um bar. “Escrever [o programa] foi definitivamente catártico”, diz Coel em entrevista ao portal. “Gostei de passar pelos diferentes estágios do luto, da depressão à descrença e à aceitação. Foi muito terapêutico. E, é claro, ainda converso com minha terapeuta.”
Por meio de um enredo dramático com pitadas de comédia, Michaela consegue mostrar um lado ainda mais realista para o assunto, que exige bastante sensibilidade e, também, didaticidade ao ser abordado. Condutas que podem não parecer estupro — como, por exemplo, tirar a camisinha sem o consentimento da parceira durante a relação sexual —, mas são, aparecem exatamente como o que são na série.
É como o que a atriz diz na mesma entrevista: “Se pudermos expor isso pelo que é, podemos fazer as pessoas pensarem duas vezes sobre o que estão fazendo, se entenderem que o que estão fazendo é literalmente estupro”.