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Veja a publicação original: Academia do Oscar finalmente tem mais diversidade
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Instituição anunciou nesta terça ter alcançado objetivo de dobrar número de integrantes mulheres e não-brancos
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Das 20 indicações para as categorias de atuação do Oscar 2020, 19 eram atores brancos. Nos indicados para Melhor Direção, nenhuma mulher, mesmo que boas opções não faltassem. Não foi então por acaso que, repetindo o que já havia acontecido em 2015 e 2016, a hashtag #OscarsSoWhite tomasse conta das redes sociais, criticando a falta de diversidade da premiação. O barulho foi tanto que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood decidiu firmar como objetivo aumentar a inclusão entre seus membros ainda este ano, dobrando o número de integrantes mulheres e não-brancos.
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E não é que, ao que tudo indica, conseguiram? Nesta terça-feira (30), ao apresentarem os novos artistas e executivos convidados para se tornarem membros este ano, a Academia revelou que ambos os objetivos foram alcançados. Enquanto a presença de mulheres dobrou de 1446 para 3179 integrantes, a de minorias étnico-raciais foi de 554 para 1787, triplicando.
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“Temos muito orgulho nos avanços que fizemos ao exceder nossas metas iniciais de inclusão estabelecidas em 2016, mas reconhecemos que o caminho a seguir é longo”, disse Dawn Hudson, executivo-chefe da Academia, em comunicado divulgado pelo New York Times. Ele afirmou também que o compromisso de dar continuidade a essas transformações segue de pé.
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Entre os atores e atrizes convidados estão nomes que brilharam nos dois últimos anos, como Constace Wu e Awkwafina (Podres de Ricos) e Yalitza Aparicio (Roma), além de cinco integrantes do elenco de Parasita. Matthew A. Cherry, codiretor de Hair Love, eleito melhor curta-metragem de animação do Oscar 2020, e as diretoras Alma Har’el (Honey Boy) e Lulu Wang (A Despedida) também está na lista. 49% dos novos integrantes também são estrangeiros, provenientes de 68 países.
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Ainda assim, a inclusão não é tão grande quanto parece. No total, a porcentagem de pessoas não-brancas e mulheres na Academia permanece pouca, alcançando apenas 19% e 33%, respectivamente, do número de eleitores. É por isso que uma fase 2 das ações inclusivas foi anunciada. Chamado de Academy Aperture 2025, o programa planeja implementar novos parâmetros de representação e inclusão para a elegibilidade ao prêmio. A previsão é de que suas diretrizes sejam divulgadas ano que vem.