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Veja a publicação original: Fernanda Nobre lembra relação abusiva: ‘A gente naturaliza a violência’
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A atriz Fernanda Nobre, que participará de “Um Lugar ao Sol”, novela da TV Globo que vai suceder “Amor de Mãe” na faixa das 21h, falou sobre feminismo à coluna da jornalista Patrícia Kogut, do Globo. Ela falou sobre o apoio que tem recebido de mulheres após desabafar sobre um relacionamento abusivo e ainda lembrou outra relação igualmente violenta, aos 16 anos.
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“Ele me empurrou numa festa por ciúmes. Foi o primeiro namoradinho, com quem perdi a virgindade. É muito forte ver como a gente naturaliza a violência. Não só física, mas verbal e emocional. Por que eu não falava [sobre isso]?”, questionou a atriz. “Aí está o poder da empatia. As mulheres que mandaram mensagens me deram as mãos. É muito bonito e muito grande tudo isso”, completou.
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O feminismo é um tema em que Fernanda disse querer se aprofundar. Ela tem tratado sobre o assunto nas suas redes sociais — o relato sobre o segundo relacionamento abusivo, aliás, aconteceu durante uma live com a atriz Samara Felippo no fim do mês passado, como lembrou Kogut.
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A fala logo repercutiu na internet, para a surpresa de Fernanda, e a levou a refletir mais sobre outras situações de abuso que sofreu. “Não imaginei que ia ter repercussão. E o que aconteceu foi que as mensagens das mulheres a partir disso me empoderaram. Elas disseram: ‘Vai por aí, fala o que a gente precisa ouvir'”, contou.
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A atriz disse ter sentido como é importante ter essa rede feminina de apoio e que isso não tem nada a ver com o relacionamento em si, que durou oito anos, mas com ela mesma. “Sinceramente, isso não tem nada a ver com o casamento que tive. Tem, é claro, mas quero dizer que tem muito mais a ver comigo, com o fato de eu estar me apropriando da minha história. O que importa é isso”, explicou.
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Projeto social
Enquanto as gravações de “Um Lugar ao Sol” não são retomadas, Fernanda está aproveitando o isolamento social imposto pelo novo coronavírus para trabalhar no monólogo “Selvagem” junto ao marido, José Roberto Jardim, e se dedicar a projetos sociais. A Kogut, a atriz contou sobre uma campanha do Fundo Brasil de que participa para arrecadar recursos para trabalhos de defesa de direitos humanos.
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“Neste momento [de pandemia], muitos grupos estão mais vulneráveis do que já estavam. Os grupos de privilégio estão vendo que todo mundo tem responsabilidade por todo mundo, já que o governo não cuida do povo. O projeto é dividido em grupos de minorias. Eu me identifico com as causas femininas e quero cada vez mais me conectar com as mulheres”, disse Fernanda, novamente fazendo referência ao feminismo.