Saiu no site GELEDÉS
Veja publicação no site original: Raiva e esperança na terra dos feminicídios
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De Veracruz, o estado mexicano que registra mais casos de violência contra a mulher, se propagou a convocação da paralisação feminista
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Por David Marcial Pérez
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No porto de Veracruz, o motor industrial do terceiro estado mais populoso do México, os navios descarregavam suas mercadorias normalmente nesta segunda-feira. Do calçadão, Mercedes Reyes atende como todos os dias em sua barraca de sorvetes e raspadinhas de frutas. “Gostaria, mas não consigo parar. Nós trabalhamos por dia”, ela diz, olhando de soslaio para a filha de nove anos, sentada a seu lado. Reyes, de 36 anos, e mãe solteira, não pôde participar da greve, mas diz que duas de suas irmãs não foram trabalhar ––uma professora e outra, funcionária do setor administrativo de uma multinacional.
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Veracruz é o estado mexicano com mais feminicídios. Daqui se propagou a convocação para a greve nacional em 9 de março. Foi o coletivo As Bruxas do Mar, nascido em setembro, que promoveu a ação nas redes sociais. Arussi Unda, uma de suas porta-vozes, concorda com Reyes quanto ao resultado da greve: “É apoiada mais nas empresas transnacionais do que nos negócios locais”. O mais relevante é a resposta das instituições. “O Instituto da Mulher nos chamou para organizar oficinas e também alguns prefeitos nos contataram para falar das petições que lhes entregamos”, acrescenta Unda.
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Além de liderar em feminicídios, ultrapassando o Estado do México [um dos 31 estados do país, onde fica localizada a capital], apesar de ter metade de sua população, Veracruz também é um dos poucos estados que emitiram dois alertas de gênero, um mecanismo idealizado para propiciar políticas públicas de prevenção e acesso à Justiça “No entanto, continuam nos matando. O protocolo não está servindo ou está sendo mal empregado”, diz Unda. As demandas do movimento feminista local incluem a criação de uma promotoria especializada em violência machista e desaparecimento forçado, serviços de saúde integrais e abrigos para mulheres vítimas de violência.
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Leia a matéria completa no El País
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