Saiu no site CLAUDIA
Veja publicação no site original: Divisão de tarefas domésticas ainda não é abraçada por eles
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Segundo a pesquisa do Gallup, as mulheres são vistas como as principais responsáveis pela tomada de decisões em 62% dos lares nos EUA
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Almoço pra terminar, pia lotada, horário das crianças saírem da escola e decisões importantes para serem tomadas. Se você mora com um companheiro e sentiu uma pressão para resolver todas essas tarefas sozinhas só de ler os exemplos, é hora de sentar e colocar os pingos nos “is”.
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Ocupando quase metade do mercado de trabalho nos EUA, segundo uma nova pesquisa do Gallup, divulgada em janeiro deste ano, as mulheres ainda são vistas e realizam maior parte do trabalho doméstico. O levantamento aponta que em relações heterossexuais as divisões de tarefas se dão em moldes ultrapassados e sexistas.
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Lavar a roupa (58%), limpar a casa (51%) e preparar as refeições (51%) aparecem como as responsabilidades das parceiras. Já manter o carro em boas condições (69%) e fazer trabalhos de jardinagem (59%) são tarefas consideradas dos homens. Ou seja, um reforço de estereótipos que acompanham as definições de gênero.
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Segundo a professora Claudia Lago, dentre os inúmeros fatores por trás dessa questão, “a uma valorização do que é construído como da alçada do masculino e a desvalorização do que é construído como parte do feminino. O trabalho doméstico é o melhor exemplo disso, está ligado ao cuidado, que é construído socialmente como responsabilidade das mulheres, o que explica também porque é tão desvalorizado, a ponto de não ser considerado trabalho. É claro que não é apenas uma ação que pode mudar isso, mas enquanto continuarmos a ensinar apenas nossas meninas a cuidar, e nunca os meninos, não haverá mudança cultural efetiva”, aponta a coordenadora do Grupo de Pesquisa Alteridade, Subjetividades, Estudos de Gênero e Performances nas Comunicações e Artes (AlterGen).
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Para os entrevistados, alunos do ensino médio, uma família que conta com crianças pequenas precisa ser composta pela seguinte dinâmica: pais trabalhando fora em período integral e mães dedicando seu tempo para os cuidados domésticos. Além dessas tarefas, as mulheres são as principais responsáveis pela tomada de decisões em 62% dos lares.
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Há apenas uma tarefa em que homens e mulheres têm a mesma probabilidade de liderar o pagamento de contas. Em 37% dos lares dos EUA, a mulher paga principalmente as contas, enquanto em 34% dos lares, o homem paga.
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Ao analisar os entrevistados de acordo com o gênero, é possível notar que as próprias participantes se colocam mais como responsáveis em determinadas funções. Com 59% cada, a limpeza de casa e o cuidado diário com os filhos foram as maiores porcentagens direcionadas a elas mesmas.
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Já a maioria dos parceiros entrevistados apontou que os momentos de responsabilidade com os filhos cabem aos dois, 47%. Mas será que na prática todos agem dessa maneira já? Desejamos que, sim.
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Segundo os pesquisadores, há uma mudança comportamental em relação aos homens mais jovens que estão mais abertos às mulheres também serem provedoras financeiras. Entretanto, quando a esposas ganham mais do que eles, a relutância para fazer as tarefas domésticas é ainda maior.
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Se não é pelo amor, vai pela dor. Esse ditado explica um ponto que pode mudar esse cenário de pé atrás com a divisão das funções do lar: a instabilidade econômica. A dificuldade de inserção e manutenção no mercado de trabalho, tanto para homens como para mulheres, pode fazer com que os maridos, por meio da necessidade, tenham uma outra percepção sobre a equiparidade de gênero.
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De acordo com a pesquisa Monitoring the Future (em português, “Monitorando o Futuro”), que serviu de base para o estudo do Gallup, os jovens já caminham para uma visão mais aberta em relação às mulheres que trabalham: a parcela que preferia ter uma família com uma mãe que fica em casa era de 23% em 2014, sendo que em 1976, a decisão chegou a bater 44%.
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