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Ela criou robô de investimento que se adapta à vida das mulheres. E isso é mais importante do que você imagina

Saiu no site  PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS

 

Veja publicação no site original:  Ela criou robô de investimento que se adapta à vida das mulheres. E isso é mais importante do que você imagina

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Hanna Schiuma e Christian Zimmer juntaram experiência no mercado financeiro para criar o ElasBank, fintech que soluciona obstáculos para mais mulheres investirem

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Por Mariana Fonseca

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A historiadora Hanna Schiuma entrou para o mercado financeiro há três anos – e desde então se atentou a problemas de diversidade de gênero entre seus clientes. Conversas com centenas de mulheres de diversas faixas salariais levaram à comprovação de dados de mercado chocantes. Segundo estudo da fintech Guia Bolso, as mulheres investem em média 29% a menos do que homens com a mesma faixa salarial.

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A regra no mundo das startups é clara: onde há problemas, há oportunidades. Schiuma se uniu ao executivo de carreira no Itaú Unibanco Chrsitian Zimmer para fundar o ElasBank, futura instituição financeira para o público feminino. A fintech está em desenvolvimento, com fase de testes marcada para março.

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O ElasBank tem um propósito claro neste primeiro ano de negócio: acompanhar a investidora durante suas mudanças de vida. O meio? Um robô de investimentos que adapta a carteira de aplicações financeiras de acordo com o objetivo de cada mulher.

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Ideia de negócio: robô de investimentos para mulheres
Schiuma entrou para o mundo das finanças ao se tornar sócia do marido na Prack Asset Management, fundo argentino de investimentos quantitativos que usa algoritmos para ampliar retornos.

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Sua percepção sobre a desigualdade de gênero no setor a levou ao cargo de diretora de diversidade e inclusão na Câmara Argentina de Fintech. A empreendedora pôde aprofundar conversas e entender melhor a relação das mulheres com os investimentos.

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“Percebi como faltavam soluções para atender mulheres no mercado tradicional”, afirma a empreendedora. Por mais que elas costumem tomar decisões de compra, não é comum participarem da mesma forma no mundo das aplicações financeiras. Segundo Schiuma, salários historicamente menores levam a uma nota de crédito menor, o que reduz financiamento de capital aos projetos liderados por mulheres. Também há falta de educação financeira.

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Schiuma deixou a operação da Prack Asset Management para se dedicar a um projeto de produtos financeiros para mulheres, que se tornaria o ElasBank. A empreendedora se uniu ao especialista em finanças quantativas Chrsitian Zimmer, que acumula 17 anos de Itaú Unibanco e participação na gestora Giant Steps Capital.

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O destino da brasileira que morava na Argentina e do alemão que morava no Brasil eram claros: explorar o gigante mercado brasileiro, com mais de 80 milhões de habitantes do sexo feminino.

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O negócio captou um aporte semente de US$ 500 mil com família e amigos para sustentar os primeiros seis meses de operação.

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Como vai funcionar o ElasBank?
O ElasBank começará sua fase de testes em março deste ano, com 100 clientes. O beta se estenderá até setembro, com mil consumidoras.

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O foco desta fase de testes está em ajudar mulheres a investirem de acordo com cada momento de sua vida. A cliente colocará em seu cadastro os principais objetivos: pagar empréstimos, comprar um imóvel, guardar para a educação dos filhos ou se aposentar, por exemplo.

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A carteira de aplicações financeiras faz mudanças dinâmicas. A presença em ativos de renda fixa ou de renda variável é ajustada automaticamente de acordo com as metas da investidora. O processo se faz por meio de um robô de investimentos, ou algoritmo, desenvolvido pelo próprio Chrsitian Zimmer. O ElasBank se monetizará por meio de uma taxa de administração anual, estimada em 1%.

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Próximos passos e a importância da inclusão financeira
Depois da vertical de investimentos, o ElasBank inaugurará novos produtos financeiros ao longo de 2020.

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Estão na lista um programa de educação chamado fitness financeiro; uma vertical de empréstimos peer to peer entre mulheres empreendedoras; um cartão de crédito com recompensas a cada produto onde se aplicam impostos de gênero, ou pink tax; e serviços como conta com rendimento, seguros e declaração de impostos.

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Para financiar o lançamento dessas novas verticais, o ElasBank negocia uma captação de aporte série A. Fundos brasileiros e americanos estão na lista de conversas.

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Até março de 2021, o ElasBank projeta ter mil clientes adquiridas de maneira orgânica. Em 2022, será a vez da expansão internacional. A fintech estuda entrar em países como México e Argentina, colocando os idiomas espanhol e inglês.

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Além do ElasBank, Schiuma está com outro novo projeto para o começo de 2020. Ela será diretora de uma organização não governamental, a Rede Iberoamericana de Mulheres em Fintech.

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A organização fornecerá educação financeira, escreverá boletins sobre mudanças no setor e fará sugestões de políticas públicas para inclusão de mulheres no sistema financeiro. Com inauguração marcada para 5 de fevereiro, a organização conta com apoio do Banco Intermaericano de Desenvolvimento (BID) e da ONU Mulheres. Por aqui, executivas como Ingrid Barth (Associação Brasileira de Fintechs) são embaixadoras.

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Entre as mais de 600 startups que atuam com serviços financeiros, algumas já se especializaram no poder da inclusão financeira. É o caso do Pride Bank, com foco no público LGBT, e agora o do ElasBank.

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Schiuma explica porque a fintech é importante mesmo para os que não se identificam como mulheres. “Não existe crescimento econômico sem o crescimento delas. A gente não pode ficar esperando ajuda. Chegou a hora de construirmos as soluções financeiras de que precisamos.”

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