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Veja publicação no site original: 3 mitos sobre a rivalidade feminina no ambiente de trabalho
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Existem diversos boatos maliciosos sobre a maneira como as mulheres se comportam no ambiente de trabalho e se relacionam entre si
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Existem diversos boatos maliciosos sobre a maneira como as mulheres se comportam no ambiente de trabalho e se relacionam entre si. Em um artigo para a Harvard Business Review, o casal de especialistas Andrea S. Kramer e Alton B. Harris, autores do livro It’s Not You, It’s the Workplace: Women’s Conflict At Work and the Bias That Built It (Não é você, é o local de trabalho: o conflito das mulheres no trabalho e o viés que o construiu, em tradução livre) fala sobre o preconceito que cerca as profissionais mulheres no trabalho.
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Kramer e Harris afirmam que não existem evidências que sustentam a noção de que as mulheres são mais “mesquinhas”, antagônicas ou não confiáveis ao lidar com outras mulheres do que os homens. Mas segundo eles, a discriminação no local de trabalho influencia no desempenho delas.
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Confira três grandes mitos sobre a rivalidade feminina no ambiente de trabalho, de acordo com os especialistas.
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Locais de trabalho com gênero
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Os “locais de trabalho com gênero” são ambientes geralmente liderados e dominados por homens e regidos de acordo com normas, valores e expectativas masculinos. E é esse tipo de ambiente que pode levar mulheres a relacionamentos antagônicos: preconceito de afinidade e preconceito de gênero.
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O preconceito de gênero é a suposição de que os homens são superiores às mulheres na liderança, tarefas de alta pressão e negociações difíceis. “Devido ao viés de gênero, as mulheres são vistas como menos competentes, ambiciosas e competitivas do que os homens.Essas dinâmicas podem promover antagonismos entre as mulheres, o que geralmente é erroneamente atribuído à sua natureza inerente, e não às circunstâncias do local de trabalho”, explicam os autores.
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Expectativas no local de trabalho
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Mulheres (e homens) mantêm estereótipos de gênero sobre como devem se comportar. Em outras palavras, assumem que outras mulheres serão mais compreensivas, mais estimulantes, mais generosas e mais tolerantes do que os homens. E quando isso não acontece, elas podem reagir de maneiras antagônicas.
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Assim, as mulheres executivas ficam presas entre as expectativas de seus locais de trabalho e as de outras mulheres, e são percebidas como frias, egoístas, hostis ou antagônicas – enquanto homens que se comportam exatamente da mesma maneira são percebidos como simplesmente fazendo seus trabalhos.
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Mulheres e homens não são diferentes
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“Obviamente, algumas mulheres pode ser genuinamente desagradáveis, hostis e contraditórias”, afirmam Kramer e Harris. “Mas não há evidências de que haja uma proporção maior para mulheres do que homens que agem de maneira semelhante.”
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Mulheres e homens sentem, se comportam e interagem de maneira diferente no local de trabalho, devido às tarefas que são solicitados a executar, às condições sob as quais são exigidos e às expectativas de como serão executadas.
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“Em vez de criar rivalidades femininas, vamos consertar esses ambientes de trabalho para que as mulheres não sejam sistematicamente prejudicadas na busca pelo avanço na carreira”, alertam os autores.
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