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Desde setembro deste ano, a advogada especializada em direito internacional Amal Alamuddin Clooney representa a jovem Nadia Murad, de 23 anos, que foi vendida como escrava sexual ao comando do Estado Islâmico. A defesa da garota acontece na Corte Internacional de Justiça da ONU em Haia.
Ontem, em um discurso emocionante, a ativista falou sobre a relevância caso de Murad – bem como das milhares de vítimas de genocídio nas mãos da organização terrorista – durante o “Texas Conference for Women”, em Austin, nos Estados Unidos.
“A pior coisa que podemos fazer é não nos levantarmos umas pelas outras”, disse Alamuddin à multidão ao revelar sua decepção ao notar que tais problemas são deixados de lado.
E completou:
“Como mulher, me sinto envergonhada pelo fato de que meninas, como Nadia, têm seus corpos vendidos e usados, como campos de batalha. Estou envergonhada por ignorarmos seus gritos de socorro”.
A especialista já havia discutido sobre os perigos de lidar com o EI. Na ocasião, rebateu a ideia de que é possível destruir o grupo apenas por meio da força. “Você não pode matar uma ideia dessa forma”, explicou. “Uma das maneiras de agir é expor sua brutalidade e sua corrupção”, finaliza.
Publicação Original: Amal Alamuddin: ‘A pior coisa que podemos fazer é não nos levantarmos umas pelas outras’