Saiu no site ONU BRASIL
Veja publicação original: Somente 8% dos investimentos financeiros na América Latina são destinados a empreendedoras
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Novas tendências do sistema financeiro com enfoque em gênero e exemplos de boas práticas orientaram painéis do seminário “Promoção de financiamento inovador por meio de investimentos inteligentes em gênero: experiências, oportunidades e desafios”, realizado por ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e União Europeia em 10 de outubro, em São Paulo (SP).
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Segundo dados de 2019 do Investor LATAM, apenas 8% dos investimentos financeiros na América Latina são destinados ao empreendedorismo feminino frente a 16% de projetos liderados por homens.
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Novas tendências do sistema financeiro com enfoque em gênero e exemplos de boas práticas orientaram painéis do seminário “Promoção de financiamento inovador por meio de investimentos inteligentes em gênero: experiências, oportunidades e desafios”, realizado por ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e União Europeia em 10 de outubro, em São Paulo (SP).
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A troca de experiências entre bancos multilaterais e instituições de financiamento de desenvolvimento voltada para as mulheres foram os destaques da primeira parte do evento.
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Para a diretora regional da ONU Mulheres para as Américas e Caribe, Maria-Noel Vaeza, é necessário que mulheres aprendam a utilizar o sistema financeiro. “Somos esses 50%, mas com uma energia muito forte para remover os obstáculos que enfrentam as pequenas e médias empreendedoras.”
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Especialistas abordaram os desafios de se atrair mais investidores capazes de disseminar instrumentos e estratégias para impulsionar empreendedoras.
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Segundo dados de 2019 do Investor LATAM, apenas 8% dos investimentos financeiros na América Latina são destinados ao empreendedorismo feminino frente a 16% de projetos liderados por homens, “apesar do grande potencial de retorno financeiro que mulheres apresentam”, destacou a especialista em Investimento de Impacto e Financiamento Inovador do Escritório Regional da ONU Mulheres para as Américas e Caribe, Gabriela Rosero.
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A formação de redes de networking e matchmaking (relacionamento e encontro de partes interessadas) – unindo quem deseja investir com quem precisa do investimento – foi uma das soluções apresentadas.
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Formas de trazer mulheres à formalidade no mercado de trabalho e investimentos voltados para esse objetivo também foram amplamente debatidos, por meio de diagnósticos, dados e trocas de experiência.
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Para a coordenadora de sustentabilidade do Itaú Unibanco, Fernanda de Carvalho Boschi, trazer as mulheres para o mundo dos negócios é muito mais do que uma atitude de boa vontade. “Se mostrarmos bons resultados econômicos, como é perfeitamente possível, os investidores chegarão até nós.”
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Negócios desafiadores
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A criação de fundos de pensão dedicados às mulheres empreendedoras foi um dos temas tratados como prioridade entre as painelistas. “O sucesso está relacionado ao conhecimento e à confiança entre investidores”, declarou a sócia especialista em gestão de carteiras da mexicana Ignia Ventures, Christine Kenna.
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No agronegócio, também foram revelados gargalos e desafios. Para a associada sênior da Acumen Latam Capital Partners, Maria Pia Morante, homens se sentem mais confortáveis trabalhando junto a outros homens e aí se encontra um grande obstáculo a ser vencido pelas mulheres empreendedoras.
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O caminho para a inclusão no setor de investimentos é a comunicação e a união, disseram as painelistas. De acordo com elas, o papel da ONU Mulheres em aproximar empreendedoras com interesses comuns é fundamental para o alcance de bons resultados.
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Para a especialista nacional do setor privado do Programa Ganha-Ganha, ONU Mulheres Brasil, Adriana Carvalho, o intercâmbio de informações sobre estratégias que não foram bem-sucedidas também ajudam no aprendizado.
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Nesse sentido, Christine Kenna lembrou que no início de seu envolvimento com temas de investimentos voltados para mulheres apenas procurava engajar outras mulheres e, por fim, entendeu que o sucesso dependia do envolvimento direto por parte dos homens empreendedores, já que, naquele momento, eles eram os tomadores de decisão.
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“Sensibilizá-los e engajá-los foi fundamental para atingir bons resultados. Além disso, todos temos que nos esforçar e nos responsabilizar para que cada investidor exerça seu papel”, concluiu.
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Redes e serviços de apoio ao investimento inteligente com enfoque de gênero foi o tema do último painel do seminário.
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Para a sócia-gerente da argentina NXPT, o segredo para o sucesso de empreendedoras e investidoras está no comprometimento de todas as partes envolvidas, no espírito de iniciativa, na ousadia.
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