Saiu no site REVISTA CLAUDIA
Veja publicação original: Tapinha
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Sigo firme conhecendo melhor a mente cruel desse homem que agride sua companheira
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Por Kika Gama Lobo
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Não. Não é uma tragada no baseado. Antes fosse. É a violência masculina contra a mulher madura. Imaginamos que esse lance de feminicídio existe apenas contra as novinhas, mas lendo cada vez mais sobre o assunto, me choco com relação aos números de mulheres agredidas na faixa etária de 45 a 75 anos.
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Os relatos dão conta do homem reproduzir aquilo que viu sua mãe fazer com ele. Pequeno, o garoto apanhava muito dos pais. Mas a mãe também batia e ele desconta – já adulto – essa raiva em sua companheira madura. Louco né? Depois vem a bebida que turva a mente desse cara que sai estapeando quem vê pela frente. Depois, a ira de ter uma companheira mais velha. Ele bate pois queria que ela fosse mais nova, mais durinha, mais gostosa, mais sexy.
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Em outros casos mais bizarros, o homem agride porque vítima está doente. Obesa, diabética, cardíaca, vítima de AVC. Ele, antes marido, vira cuidador da mulher e fere, estupra, esfola, mata. Sim, os casos fatais sobem em números assustadores. Faca, sufocamento por travesseiro, estupros coletivos seguidos de morte, violência com fogo, esquartejamento, armas de fogo…
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Dá embrulho essa literatura criminal, mas sigo firme conhecendo melhor a mente cruel desse homem que leva a óbito ou maltrata com requintes de sadismo sua companheira madura. Normalmente, o abusador é conhecido, mora em casa, é parente ou marido. Dá uma conferida do seu lado. Nunca se sabe. E assim caminha a (des)humanidade…
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