Saiu no site O GLOBO
Veja publicação original: Mulheres na Ciência: 7 pesquisadoras brasileiras ganham bolsas para continuarem seus estudos
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Parceria com Unesco e Academia Brasileira de Ciências (ABC) concede bolsa de R$ 50 mil a cada uma das vencedoras
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Por Audryn Karolyne
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Transformar o cenário científico e contribuir para a igualdade de gênero no meio. É com esse objetivo que a L’Oréal Brasil, em parceria com a Unesco e com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), realiza a 14º edição do prêmio “Para mulheres na ciência” . A premiação dará a cada uma das sete ganhadoras uma bolsa de R$ 50 mil para que continuem seus estudos .
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As sete ganhadoras foram selecionadas por um júri composto por cientistas da ABC, que tiveram como principal critério de escolha o potencial das pesquisas para solucionar importantes questões ambientais , econômicas e de saúde. A premiação é dividida nas categorias Ciências da vida, Química, Matemática e Física.
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Foram escolhidas na categoria Ciências da vida a fisioterapeuta Aline Miranda , da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que pesquisa as consequências em longo prazo do traumatismo cranioencefálico; a biomédica Adriana Folador , da Universidade Federal do Pará (UFPA), que levou o prêmio por sua pesquisa sobre a genética da resistência a antibióticos em pacientes e no meio-ambiente da Amazônia; a neurocientista, Josiane Budni , da Universidade do Extremo Sul Catarinense, escolhida pelo seu estudo sobre as relações entre a doença de Alzheimer e os distúrbios do sono; e a astrofísica Marina Trevisan , da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que investiga a evolução das galáxias e, em particular, como e por que elas param de produzir estrelas.
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Na categoria matemática, a ganhadora é Jaqueline Mesquita , da Universidade de Brasília (UnB), que estuda problemas que envolvem equações diferenciais funcionais em medida e equações dinâmicas funcionais em escalas temporais. A matemática também luta para vencer os estereótipos que cercam sua profissão e incentivar jovens a buscar a carreira na área.
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Em artigo exclusivo para Celina, Juliana Andrade, estudante do Colégio Pedro II, escreve sobre a luta diária para subverter a lógica do racismo e ocupar os lugares que não lhe foram destinados historicamente
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— As meninas nunca são estimuladas a ir para as áreas exatas. Quando uma menina diz que quer estudar matemática, todo mundo acha estranho. Eu ouvi: “você não parece matemática, você nem usa óculos”. Na minha turma da graduação, éramos 36 alunos, mas apenas sete mulheres — conta Jaqueline.
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A astrofísica Marina Trevisan diz que faltam incentivos às meninas:
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— As meninas não são incnetivadas a fazer ciências da mesma forma que os meninos. Até mesmo os brinquedos temáticos estão, em sua maioria, na seção masculina das lojas — completa Marina.
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Na categoria Química, a premiada é Taícia Fill , da Universidade de Campinas (Unicamp), que procura soluções para doenças que afetam a produção de laranjas no Brasil e que acabam gerando um prejuízo de cerca de R$ 1,5 bilhão.
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Também no campo alimentício, uma pesquisa que ganhou destaque nesta edição do prêmio foi a da etnobotância Patrícia de Medeiros , da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que se dedica ao uso de plantas alimentícias não convencionais (PANC) na alimentação humana.
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O prêmio Mulheres na Ciência vem sendo realizado há 14 anos e já doou aproximadamente R$ 4 milhões a cerca de 90 pesquisadoras.
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