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Veja publicação original: Racismo e assédio no Club Med: “Queria que a escravidão voltasse. Você ia ter que fazer sexo comigo”
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“Ainda fazia gestos como se estivesse me chicoteando, fazendo sexo comigo”, denunciou Eunice
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A agente de viagens Eunice Cides de Oliveira, 30, acusou de assédio sexual e racismo o colega de trabalho, Sérgio Simões. O caso teria acontecido no escritório do Club Med, onde os dois trabalhavam, em Botafogo (zona sul carioca), em 10 de setembro.
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“Eu estava na copa, conversando com as meninas. Esse funcionário pegou no meu braço, chegou dizendo que queria que a escravidão voltasse, que eu teria que fazer sexo com ele, repetindo o tempo todo que eu deveria fazer o que ele quisesse, como se fosse a coisa mais normal do mundo”, Eunice afirma à Folha. “Ainda fazia gestos como se estivesse me chicoteando, fazendo sexo comigo.”
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“Na hora”, conta ela, “só consegui dizer algo do tipo ‘sério que você vai falar isso mesmo?’. Ele continuava rindo, como se fosse brincadeira”.
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Eunice afirma que o supervisor para quem relatou tudo não só fez pouco caso a princípio como antes da demissão do funcionário enviou mensagens pelo WhatsApp por engano a xingando. Seu advogado encaminhou à reportagem prints da conversa. Após mensagens de áudio, o superior diz: “Filha da puta!! Chata pra caralho!!!!”.
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O advogado dela, Bruno Cândido, diz que registrou uma ocorrência por injúria racial no Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) contra o suposto assediador racista, Sérgio Simões, e contra o coordenador por injúria simples, crime com menor potencial ofensivo.
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Por meio de sua assessoria de imprensa, o Club Med diz que demitiu o funcionário acusado de agressão sexual e injúria racial e afirma que repudia “de forma veemente o racismo, bem como qualquer ato de razão discriminatória, seja com base em gênero, raça, credo ou qualquer outra natureza”.
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