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Shirlene Coelho convive com a paralisia cerebral desde que nasceu. Depois que ela começou a se dedicar aos esportes, a goiana quebra recorde atrás de recorde.
Medalhista de ouro no lançamento do dardo em Londres, agora ela vai entrar para a história como a primeira atleta mulher a levar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura da Paralímpiada.
Representante do atletismo, a maior equipe da delegação brasileira, com 61 atletas, Shirlene conseguiu o posto de porta-bandeira após disputá-lo com uma forte concorrência. Ela ficou à frente do judoca Antônio Tenório (dono de cinco medalhas em Jogos), e do velocista Yohansson Nascimento (ouro nos 200m em Londres 2012).
A escolha era baseada na indicação dos chefes de missão e foi realizada por eleição aberta, com a participação dos 286 atletas que representam o Brasil. Os candidatos tinham que ter como requisito a conquista de, pelo menos, um ouro paralímpico, e não podiam competir no dia seguinte da cerimônia.
Shirlene estreou nos Jogos em 2008 e foi prata na competição. Quatro anos mais tarde, tornou-se campeã na modalidade e dona dos recordes mundial e paralímpico. Na Rio 2016, ela disputará mais duas provas além do lançamento de dardo: o arremesso de peso e o lançamento de disco.
O último porta-bandeira do País foi o nadador Daniel Dias, em Londres. Quatro anos antes, quem esteve presente na cerimônia foi Antônio Tenório; e, em Atenas, 2004, foi o nadador Clodoaldo Silva.
A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 será realizada na próxima quarta-feira (7), no Estádio do Maracanã.
Publicação Original: Shirlene Coelho será a primeira mulher a ser porta-bandeira na Paralímpiada