Saiu no site NA TELINHA
Veja publicação original: Record aposta nas histórias de violência contra a mulher em suas novelas
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Produções colocam o sexo feminino como protagonista
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O feminismo é um dos principais temas do mundo, sendo debatido em filmes, novelas, séries, programas de televisão e no cotidiano da sociedade mundial. Premiações como o Oscar, Globo de Ouro e Emmylevantaram a defesa contra o assédio sexual, o respeito as mulheres e a igualdade salarial entre os gêneros. A Record seguiu o mesmo caminho, dando protagonismo ao sexo feminino.
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A emissora vem transmitindo tramas em que mulheres fortes são os centros das atenções. Para mostrar as dificuldades delas numa sociedade machista, “Jezabel” e “Topíssima”, escritas por Cristianne Fridman, estão apostando em histórias de violência contra a mulher.
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A dramaturgia nacional é cercada de grandes obras e o principal chamariz da televisão brasileira é a telenovela, principalmente as que foram/são produzidas na Globo. Mas houve quem quis ousar e bater de frente com a primeira colocada de audiência, como a TV Tupi nos anos de 1970, a TV Manchete, em 1990 e a Record na década passada.
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Com a construção do Recnov e a produção de várias obras de 2004 pra cá, o canal investiu bilhões em sua teledramaturgia. Porém, diferentemente do que ocorria há 10 anos, hoje os diretores da emissora seguem um trabalho mais modesto e formando parcerias com produtoras independentes.
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Desde 2015, as histórias bíblicas se tornaram a espinha dorsal das novelas da casa, vencendo por alguns capítulos a trama das nove da Globo, na época representada por “A Regra do Jogo”, de João Emanuel Carneiro. Mas o poder dos enredos épicos foi perdendo força e o canal decidiu voltar a investir em obras contemporâneas, surgindo “Topíssima”.
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A história se divide entre a Zona Sul do Rio de Janeiro e a periferia da “Cidade Maravilhosa”. Sophia (Camila Rodrigues) é uma empresária independente e bem sucedida, que decidiu abrir mão de romances pela vida profissional. Essa sua luta fez com que a presidência do Grupo Alencar fosse entregue em suas mãos.
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É nítida a força da protagonista, que vai amolecendo seu coração por causa de um romance arrebatador. Porém, os núcleos paralelos são cercados de mistérios, adrenalina, machismo e violência contra a mulher. Um exemplo é o desenvolvimento da personagem Jandira (Brenda Sabryna).
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Vitor (Vitor Novello) é quem a convence para procurar a clínica e realizar o aborto do filho dos dois. O médico tentará tranquilizá-la, mas haverá complicação e a menina morrerá de hemorragia.
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De acordo com informações das estatísticas da Anis, mais de 500 mil mulheres por ano abortam clandestinamente no Brasil. No ano passado, o Ministério da Saúde afirmou que uma mulher morre a cada dois dias por aborto inseguro. Dados considerados preocupantes e já foi pauta de diversos debates.
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Assim como “Topíssima”, “Jezabel” também discute tema
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Mas se engana quem pensa que apenas “Topíssima” levanta esse tipo de debate na Record. A macrossérie bíblica “Jezabel” trouxe uma gravidez indesejada fruto de um estupro. Raquel (Sthefany Brito), que estava se preparando para casar com Micaías (Guilherme Dellorto).
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Ela foi abusada por um homem desconhecido e resolveu adiar o casamento. Ao saber que a mulher engravidou do criminoso, Micaías decide terminar seu relacionamento com Raquel, deixando-a desolada. Apesar de todo sofrimento, a jovem resolve ter a criança.
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Os dois temas são pesados, mas trouxeram debates importantes sobre a violência contra a mulher. Cristianne Fridman é uma autora conhecida por levantar temas polêmicos em suas produções e, tanto com “Jezabel”, quanto “Topíssima” não foi diferente.
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