Saiu no site ESPN:
Campeã no Rio 2016, a China tinha algo que nenhuma das outras seleções da Olimpíada tinha: uma técnica mulher. A situação é para lá de curiosa. Afinal de contas, uma mulher é capaz de entender situações no esporte e no corpo feminino como nenhum homem seria capaz. Talvez por isso, as chinesas tenham ido tão bem na competição.
Ela é discreta, quase nunca chama a atenção à beira da quadra. Mas Lang Ping foi simplesmente fundamental para a surpreendente vitória chinesa que eliminou o favorito Brasil ainda nas quartas de final do vôlei feminino.
Depois do primeiro set desastroso contra a seleção brasileira, não teve medo de trocar a dupla de levantadora e oposta. Ganhou a segunda parcial e, ainda sim, trocou de novo, colocando uma ponteira e uma meio de rede diferentes em quadra.
No fim, Changning Zhang e Xiotong Liu, que saíram do banco, acabaram como a segunda e a terceira maiores pontuadores da equipe, com 15 e 9 pontos respectivamente.
a decisão do ouro, a situação se repetiu. De novo, a China saiu atrás do placar. E, de novo, a treinadora mudou duas jogadoras para o segundo set e conseguiu transformar a partida.
Foi nada menos que o segundo ouro olímpica dela. Como jogadora, Lang Ping subiu ao posto mais alto do pódio nos Jogos de 1984, em Los Angeles. Até por isso, ela já era uma estrela na China. Chegou até a se mudar para os Estados Unidos na tentativa de ter uma ‘vida mais normal’, sem ser tão reconhecida nas ruas.
Com um grupo jovem e promissor em mãos, Ping tem uma relação bem mais próxima às suas atletas, sem nunca gesticular muito exageradamente à beira de quadra. E isso vem dando certo.
Publicação Original: Campeã e algoz do Brasil, China foi a única seleção do vôlei treinada por uma mulher