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Polícia diz que mulheres encontradas mortas em SP neste domingo foram assassinadas por ex-companheiros

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:   Polícia diz que mulheres encontradas mortas em SP neste domingo foram assassinadas por ex-companheiros

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Polícia registrou um terceiro caso de assassinato de mulher, que estava grávida.

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Por Paula Araújo, Walace Lara, Renata Matarazzo e Rafael Ihara

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As duas mulheres encontradas mortas na manhã deste domingo (28) nas zonas Sul e Leste de São Paulo foram assassinadas por ex-companheiros, de acordo com as investigações da polícia. Um terceiro caso de assassinato com vítima do sexo feminino foi registrado no período da tarde, na Zona Norte, mas a polícia ainda investiga se também foi praticado por um ex-companheiro.

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Inicialmente os casos da Zona Sul e Zona Leste haviam sido registrados como homicídio simples nas delegacias das regiões, mas, posteriormente, eles foram classificados como feminicídio pela delegacia especializada que irá investigar os crimes. O caso da Zona Norte já tinha sido registrado como feminicídio.

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Em nota sobre os dois casos, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as polícias Civil e Militar atuam para combater os feminicídios e demais ocorrências de violência de gênero no estado. Os casos foram esclarecidos com a prisão dos autores dos crimes, segundo a pasta.

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Feminicídio é o assassinato cometido contra a mulher pela sua condição de gênero, ou seja, simplesmente por ser do sexo feminino.

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Caso da Zona Leste

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A SSP informou que foram presos dois suspeitos de participação na morte da recepcionista Daniela de Jesus Martin, de 38 anos, dentro da própria casa dela, na Zona Leste.

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O ex-companheiro da vítima confessou o crime e disse que pediu a ajuda de um amigo, que também acabou detido, para retirar algumas objetos da residência. A autoridade do 10º Distrito Policial (DP) da Penha solicitou a prisão temporária dos indiciados.

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Assassinato aconteceu por volta das 5h na Rua Ari Siqueira, na Zona Leste da capital.  — Foto: Reprodução/ Google Maps Assassinato aconteceu por volta das 5h na Rua Ari Siqueira, na Zona Leste da capital. — Foto: Reprodução/ Google Maps

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Caso da Zona Sul

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No outro caso, o suspeito de ter matado na madrugada de domingo (28) a operadora de caixa Raqueline Correia Cavalcante, de 41 anos, em Parelheiros, Zona Sul, foi preso durante a tarde por policiais militares.

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O homem e testemunhas foram ouvidos no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o crime.

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Raqueline Correia Cavalcante também foi encontrada morta em casa, dentro do quarto, muito machucada, com um corte profundo no pescoço. Os filhos dela, de 20 e 17 anos de idade, encontraram o corpo e chamaram a polícia. Uma faca e uma marreta foram apreendidas no local.

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Suspeito agredido por vizinhos

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Quando os policiais ainda estavam na casa, o ex-companheiro de Raqueline apareceu levando pão. Os dois moravam juntos até que ele encontrasse outro lugar. Os vizinhos agrediram o homem, dizendo que ele seria o culpado. Ele foi preso, levado para a delegacia e prestou depoimento, assim com testemunhas e vizinhos.

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Uma parente de Raqueline, que preferiu não se identificar, contou à reportagem que o homem fazia ameaças.

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“Ela relatava ameaças e ‘agressões leves’, como empurrão, às vezes segurava o pescoço, sem apertar. Mas ameaçava muito em palavras. Diferentemente de outros casos de feminicídio que a gente vê, ele não a amava. Ele não dizia que a amava. Ele dependia dela financeiramente, totalmente, e pedia um tempo para sair da casa dela porque não tinha para onde ir. Eles já não estavam juntos, teoricamente, mas estavam na mesma casa”, contou.

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Mulher grávida

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O DHPP também investiga a morte de Diana Pereira da Trindade, de 24 anos, que estava grávida e foi encontrada morta neste domingo em um terreno baldio em Perus, Zona Norte da Capital.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil identificou um suspeito de ter assassinado a mulher. O homem, de 35 anos, foi encontrado caído em uma linha férrea após ter sido agredido. Ele foi encaminhado à Santa Casa, onde permanece internado sob escolta policial.

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Levantamento

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Em 2019, segundo acompanhamento da TV Globo, 35 mulheres foram vítimas de violência na capital e na Grande São Paulo.

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Desse total, 20 mulheres foram assassinadas, três foram vítimas de tentativa de homicídio. Outras duas foram vítimas de assédio.

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