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Veja publicação original: Grávida de 8 meses é agredida pelo marido; ele alega “cabeça quente”
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Por Luiza Souto
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Grávida de oito meses do segundo filho, Antônio, a dona de casa Daniele de Souza Moreira, 38, de Maricá (RJ), acordou na manhã do dia 20 de fevereiro, arrumou as malas e esperou o marido, o pedreiro Leandro Lopes, 31, para pedir o divórcio e sair em seguida. Foi enforcada, desmaiou e acordou com o olho roxo e a cabeça ferida. Leandro nega ter tentado enforcar a mãe de seu filho, e disse que “só empurrou” Daniele. Não aconteceu nada com a criança que deve nascer em abril.
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O casal estava junto havia nove meses: após se conhecerem pela internet, a troca de mensagens virou namoro. Daniele conta que nunca havia discutido desta maneira com o ex-companheiro. Ela queria pedir a separação apenas por discordarem muito. Já ele fala que a família da ex-companheira se envolvia demais na vida dos dois.
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“Ele chegou do trabalho e conversamos normalmente. Eu tinha arrumado minhas coisas para ir embora, mas ele tentou colocar tudo de volta no armário. Sentamos no sofá da sala para conversar, ele se ajoelhou na minha frente e começou a me enforcar.
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Eu pedia pela vida do nosso filho. Ele não falava nada até eu desmaiar. Acordei no chão da sala, sem meu celular para pedir socorro. Estava sozinha
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Foi o filho de 13 anos de Daniele quem a ajudou, assim que chegou do colégio. Ela foi atendida no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, onde ficou internada por dois dias. Recuperada, fez registro de ocorrência na delegacia de Maricá. O caso foi registrado como lesão corporal. Daniele conseguiu também uma medida protetiva na Justiça para o ex-companheiro não se aproximar.
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“Não tem explicação para o que ele fez. Era só ir embora, mas fazer isso a uma mulher grávida? Graças a Deus não aconteceu nada com meu filho. Nunca imaginei sofrer uma violência de quem dividia minhas coisas”, diz ela, que era doméstica.
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Leandro se defende dizendo que se tratou de uma briga de casal.
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“Só empurrei ela, e aí ela bateu a cabeça e desmaiou. Não é verdade que tentei enforcá-la”, justificou ele, para continuar: “Não queria fazer o que fiz, mas estava perdendo a cabeça. Vejo que errei, mas de cabeça quente, o sangue sobe e a gente faz qualquer coisa. A amo muito. Quero pedir perdão e assumir meu filho”, finaliza o pedreiro, que deve se apresentar em alguns dias na delegacia.
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