Saiu no site JORNAL USP
Veja publicação original: Projeto de alunos da USP para empoderar jovens concorre a prêmio da ONU
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Enactus USP Cidade Universitária ainda disputa o SDG Actions Awards com ação de museu itinerante
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Por Caroline Aragaki
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Pensar no próximo, avaliar seus problemas e necessidades, depois buscar soluções inovadoras. O empreendedorismo social foca em mudar as condições de vida das pessoas. Um grupo de estudantes da USP, em São Paulo, tem inovado nessa área. Eles fazem parte do Enactus Cidade Universitária e um dos seus projetos trabalha no empoderamento de jovens, entre 15 e 21 anos. O outro é um museu itinerante com exposições imersivas sobre pessoas invisibilizadas na sociedade.
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Agora, o Museu pra Quem? e Empoderando Sonhos estão concorrendo ao SDG Action Awards. O prêmio é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que reconhece ações relacionadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Esta é um plano de ação estabelecido em setembro de 2015 para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade em 15 anos.
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Há sete categorias na competição: Mobilizer, Storyteller, Campaigner, Visualizer, Connector, Includer e Creative. Os finalistas de cada categoria, decididos pelo júri do SDG Action Awards, serão anunciados no começo de março. Eles vão competir pelo SDG Action Awards, cuja decisão é feita pelo júri do prêmio, e pelo People’s Choice Award, escolhido por uma votação popular on-line. O resultado de ambos será apresentado na cerimônia SDG Global Festival of Action, no dia 2 de maio, na cidade de Bonn, Alemanha.
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Mas por que os projetos dos alunos da USP chamaram a atenção do prêmio da ONU? O Empoderando Sonhos começou, em 2017, para desenvolver habilidades socioemocionais de estudantes do ensino médio da rede pública, entre 15 e 21 anos. Essas habilidades objetivam contribuir e facilitar a trajetória acadêmica e profissional dos alunos envolvidos.
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Entre os temas trabalhados estão liderança, autoconhecimento, organização, planejamento e comunicação. Mais de 471 jovens participaram da iniciativa durante o ano de 2018 por meio dos eventos presenciais realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro. Outros 271 participaram de eventos on-line, segundo informações do Enactus Cidade Universitária.
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“O nosso papel com esse projeto é mostrar que o percurso de sair da periferia e chegar até a universidade pode não ser fácil, mas é possível. Queremos dar todo o suporte para o sonho se tornar realidade”, conta Bruna Tsarbopoulos, presidente do Enactus Cidade Universitária e estudante de História na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em São Paulo.
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Ela destaca que a ação ajuda a promover a redução da desigualdade e uma vida saudável com bem-estar para todos, dois objetivos que fazem parte dos ODS. O projeto está concorrendo na categoria Includer, que trata dos esforços inovadores para garantir que grupos excluídos tornem-se parte do diálogo e da decisão dos ODS em sua comunidade ou em nível internacional.
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Ouvindo o outro lado da história
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O Museu pra Quem? busca criar empatia e mudar o jeito com que as pessoas veem as diferentes realidades que as cercam e desconstruir preconceitos sociais. Isso é feito a partir de um museu itinerante com exposições imersivas que contam histórias de vida de quem é invisibilizado pela sociedade.
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Nas exposições, os visitantes usam fones de ouvido para ouvir depoimentos de pessoas marginalizadas sobre suas lutas, motivações e experiências. Inspirado pelo London Empathy Museum, o projeto foi criado em 2017. No primeiro ano da ação, ex-internos do sexo masculino contaram suas histórias sobre os desafios que enfrentaram antes, durante e depois de seu tempo dentro do sistema prisional.
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“Ano passado, contamos histórias de mães, esposas, filhas que foram presas. A ideia não é falar se essas pessoas são boas ou más, mas mostrar o lado delas da história. O ouvinte decide o que vai fazer com essa informação”, comenta Bruna. A exposição foi realizada na Avenida Paulista, Parque Ibirapuera, Parque Villa-Lobos e Parque do Povo, em São Paulo, atingindo mais de 500 pessoas.
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O projeto Museu pra Quem? está concorrendo na categoria Storyteller do SDG Action Awards. A categoria privilegia ações impactantes ou inovadoras para capturar histórias e ajudar a comunicá-las por meio de diferentes mídias, além de trabalhar a interconexão entre os ODS e a vida das pessoas.
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Para Pedro Henrique Alves, membro da equipe de Captação de Recursos do Enactus Cidade Universitária e estudante de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, em São Paulo, o projeto tem muito a ver com o escopo do prêmio. “Ele se encaixa em três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: alcançar a igualdade de gênero, reduzir a desigualdade e proporcionar justiça e construir instituições fortes.”
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O que é a Enactus?
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O nome advém de Entrepreneurial Action Us, conceito de ação empreendedora. A Enactus é uma comunidade internacional sem fins lucrativos. Composta de estudantes, acadêmicos e líderes de negócio, seu compromisso é transformar vidas e construir um mundo melhor e mais sustentável. Ela está presente em 36 países e em mais de 1.700 instituições de ensino, sendo que o Brasil possui 120 times.
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O time Enactus Cidade Universitária, criado no ano de 2015, é um deles. Atualmente, são 18 integrantes de sete unidades do campus da USP, no bairro Butantã. “Qualquer aluno da graduação ou da pós, que pertença ao campus, pode participar, independente do curso”, diz Bruna.
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O grupo se divide em quatro áreas (Marketing, Relacionamentos Humanos, Captação de Recursos e Inteligência e Inovação) e em quatro projetos (Maduros, Museu pra Quem?, Empoderando Sonhos e um novo projeto que está na fase experimental).
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O projeto Maduros tem o objetivo de levar conforto e dinamismo para o cotidiano de idosos que estão em casas de repouso e centros-dias, desenvolvendo habilidades que os mantenham produtivos. O quarto projeto, ainda em fase de construção, pretende dar uma atenção especial para crianças de orfanatos.
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Outros campi da USP que não tenham uma Enactus própria podem se vincular a algumas das que existem. Além desta, existem: EEL USP, da Escola de Engenharia de Lorena; Esalq USP, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, do campus de Piracicaba; FEA-RP, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, do campus de Ribeirão Preto; FZEA-USP, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, do campus de Pirassununga; USP São Carlos; e USP São Francisco, da Faculdade de Direito, no centro de São Paulo.
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Estudantes interessados em participar da Enactus Cidade Universitária podem se inscrever para o processo seletivo, que está aberto até o dia 2 de março, a partir deste link. Mais informações podem ser encontradas no Manual do Candidato.
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