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Veja publicação original: NY estende prazo de prescrição de casos de abuso sexual infantil
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O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, assinou na quinta-feira (14) uma lei que estende o prazo para que as vítimas de abuso sexual infantil acionem a Justiça, uma medida que poderia desencadear uma avalanche de novas denúncias.
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O texto, “Child Victims Act”, contra o qual a Igreja Católica lutou durante anos, permitirá que as supostas vítimas abram processos civis até seus 55 anos e criminais até os 28, em comparação com um limite de 23 anos sob a antiga lei.
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A nova lei, que entra em vigor em seis meses, também estabelece uma janela de um ano a partir de sua entrada em vigor para que qualquer vítima, independentemente de sua idade, dê entrada numa ação civil.
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“Esta lei traz justiça para aqueles que sofreram abusos, e resolve os erros que não foram reconhecidas ou punidos por muito tempo”, declarou o governador Cuomo em um comunicado.
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“Ao assinar esta lei, estamos dizendo que ninguém está acima da lei, que não há autoridade impenetrável”, acrescentou.
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O estado de Nova York, onde habitam mais de sete milhões de católicos, tinha, até agora, uma das regras de prescrição mais rigorosas da nação.
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Marci Hamilton, CEO da organização Child USA, considerou que a ratificação do projeto de lei “representa mais de 15 anos de trabalho dos sobreviventes e advogados que enfrentaram forte oposição dos bispos católicos e da indústria dos seguros”.
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Desde a publicação, em agosto passado, de um relatório chocante detalhando décadas de abusos sexuais na Pensilvânia, muitos estados abriram investigações para esclarecer os abusos cometidos dentro da Igreja Católica.
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O silêncio suspeito da hierarquia católica também foi alvo de atenção, obrigando o clero a fazer revelações inéditas.
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Na quarta-feira, as cinco dioceses do estado de Nova Jersey identificaram cerca de 188 sacerdotes e diáconos que desde a década de 1940 foram acusados de abusar sexualmente crianças. Mais de 100 já morreram.
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