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Veja publicação original: Terceira Marcha das Mulheres volta a ser o maior protesto dos EUA
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Cerca de 400 mil pessoas marcharam este sábado na baixa de Los Angeles durante a terceira “Marcha das Mulheres” contra a administração Trump, disse à Lusa o gabinete de comunicação da organização. Os manifestantes, que desembocaram em frente à Câmara Municipal da maior cidade californiana, ouviram políticos, ativistas e celebridades de Hollywood apelarem à mobilização e união a caminho das eleições presidenciais de 2020.
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“Não houve apenas uma onda azul, houve uma onda cor-de-rosa e estamos orgulhosos disso”, afirmou o mayor Eric Garcetti, referindo-se ao número recorde de 118 mulheres eleitas para o congresso nas eleições intercalares de novembro de 2018. “Queremos igualdade de género agora, em Los Angeles e no resto do país”, disse o político, cujo governo tem mais mulheres que homens em cargos de direção.
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O protesto foi o maior do país, à semelhança do que aconteceu nos dois anos anteriores, reunindo mais manifestantes que Washington, D.C. e Nova Iorque, onde decorreram duas marchas em simultâneo devido a desentendimentos entre as organizações.
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O presidente da National Organization for Women (NOW) em Hollywood, John Erickson, disse à Lusa que uma das prioridades “em todas as Marchas das Mulheres no mundo” foi a luta para “proteger os cuidados reprodutivos e a liberdade de escolha de uma mulher”, que considera serem “direitos fundamentais que estão sob ataque, agora mais do que nunca”. O responsável considerou que é preciso proteger os direitos das mulheres e “todos devem lutar, não importa o custo”.
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A terceira marcha anual foi também palco da primeira saída em protesto dos recém-formados Coletes Amarelos LA, que distribuíram folhetos e cantaram palavras de ordem ao ritmo de tambores, tais como “o patriarcado tem de acabar” e “saúde é um direito humano”.
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A falta de um sistema universal de saúde é, segundo a organização, “a primeira prioridade dos Coletes Amarelos LA”, que fizeram questão de se demarcarem de associações com extrema direita ou extrema esquerda e se identificaram como “um movimento dos trabalhadores”. Um dos cartazes empunhados pelo grupo estava em francês, aludindo à origem do movimento para criticar os mercados financeiros: “Wall Street est merde”.
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Pelo palco da manifestação, além da congressista democrata Katie Hill e a nova primeira-dama da Califórnia, Jennifer Siebel Newson, passaram ativistas em representação dos movimentos Black Lives Matter e ‘Dreamers’, como são conhecidos os imigrantes não documentados que foram levados ilegalmente para os Estados Unidos em criança.
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A ligação a Hollywood foi assegurada por várias atrizes conhecidas pelo seu ativismo fora do ecrã, casos de Laverne Cox de “Orange Is The New Black”, Marisa Tomei, Rosanna Arquette e Connie Britton, entre outras.
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Lea Thompson, conhecida pelo papel de Lorraine Baines McFly em “Regresso ao Futuro”, fez uma aparição para declarar que “as mulheres não vão regressar, vão seguir em frente para o futuro, porque o futuro é feminino”.
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Evan Rachel Wood, que interpreta Dolores na série “Westworld”, falou da importância de votar e disse que era preciso “continuar a lutar por legislação que ajude as vítimas, não os abusadores”. A atriz, que declarou ter sido vítima de violação e violência doméstica, reconheceu que “não tem sido uma caminhada fácil” mas disse ter visto “atos incríveis de coragem, solidariedade e crescimento pessoal”.
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A Marcha das Mulheres começou em 2017, no dia seguinte à tomada de posse do presidente Donald Trump. Além de várias cidades norte-americanas, houve cerca de uma centena de marchas similares em várias cidades do mundo, naquela que foi a terceira edição do protesto.
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Percorra a galeria para ver imagens das várias Marchas das Mulheres que decorreram este sábado.
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