Saiu no site JORNAL NACIONAL
Veja publicação original: MP oferece segunda denúncia contra João de Deus por crimes sexuais
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Nova denúncia traz os relatos de cinco vítimas. Uma delas contou que foi abusada aos 8 anos e depois aos 13. Justiça negou habeas corpus para o médium.
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Pela segunda vez, o Ministério Público de Goiás denunciou o médium João de Deus por crimes sexuais.
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Os promotores entregaram a denúncia no fim da manhã desta terça-feira (15) no fórum de Abadiânia, cidade onde o médium fazia os atendimentos espirituais.
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A nova denúncia traz os relatos de cinco vítimas. Uma de São Paulo e as outras de Goiás. Na época dos fatos, as mulheres tinham entre 19 anos e 47 anos. Uma delas afirma ter sofrido abuso várias vezes e relatou a violência em um diário.
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O Ministério Público também incluiu nesta denúncia casos mais antigos que, apesar de já estarem prescritos, foram usados para colaborar com as investigações.
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Um dos casos que mais chamaram a atenção foi o de uma mulher de 31 anos. Ela foi vítima quando ainda era uma criança. “Ela foi abusada aos 8 anos de idade e depois aos 13 anos de idade. Esse, até o momento, é o relato de vítima mais nova abusada pelo acusado João Teixeira de Faria”, afirma o promotor de Justiça Augusto Cesar Borges Sousa.
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Nesta terça (15), os promotores também entraram com um novo pedido de prisão contra João de Deus no fórum de Abadiânia. De acordo com os investigadores, o médium ou pessoas ligadas a ele estavam ameaçando vítimas e testemunhas.
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“A gente entende que qualquer possibilidade de colocação em liberdade do denunciado coloca em risco a instrução desse processo, na medida que essas vítimas vão prestar novos depoimentos e a soltura do denunciado pode trazer constrangimentos e dificultar a produção dessa prova na fase judicial”, explica o Augusto Cesar.
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João de Deus já é réu na Justiça de Abadiânia por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. O médium está preso em Aparecida de Goiânia desde o dia 16 de dezembro. Nesta terça, o Tribunal de Justiça de Goiás negou um pedido de habeas corpus a favor de João de Deus.
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A defesa de João de Deus negou as acusações de abuso sexual; reclamou que o Ministério Público marca os interrogatórios de um dia para o outro, sem dar aos advogados o tempo necessário para ler os documentos.
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O MP afirmou que avisou a defesa três dias antes do interrogatório de segunda-feira (14) e que a defesa dispôs de pleno acesso aos autos.
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