Saiu no site G1
Veja publicação original: Mulheres do extremo da Zona Sul de SP sofrem 180 vezes mais com a violência do que moradoras dos Jardins, diz estudo
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Dados foram divulgados no Mapa da Desigualdade, da Rede Nossa SP.
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Por Tatiana Santiago
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As mulheres que residem nos bairros distantes do Centro de São Paulo sofrem mais com a violência do que as que moram em áreas nobres, segundo o Mapa da Desigualdade divulgado pela Rede Nossa São Paulo na manhã desta quarta-feira (28).
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As moradoras do Jardim São Luís foram vítimas de agressões 180 vezes a mais do que as que vivem dos Jardins, região nobre da capital, no ano passado. Enquanto no distrito do Jardim Paulista foi registrado 0,55 notificação de agressão a mulher com idade entre 20 e 59 anos para cada 10 mil mulheres nessa faixa etária, no distrito do extremo da Zona Sul foram 100 por 10 mil.
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As agressões consideradas pela pesquisa são físicas, psicológicas ou casos de assédio, incluindo a violência doméstica. Os dados do levantamento foram coletados no Sistema de Informação de Agravos e Notificações (Sinan) de 2017.
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Saúde
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Já os índices de mortalidade materna mostram uma divergência, já que são maiores no Centro de São Paulo do que no extremo da Zona Sul.
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A quantidade de mortes durante o parto de gestantes na Liberdade é 19,43 vezes maior do que no Grajaú. São 28,45 casos para cada 10 mil nascidos vivos no bairro do Centro, contra 1,46 morte no distrito da Zona Sul.
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Gravidez — Foto: Movimento da Fertilidade/Divulgação
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O estudo revela que em Parelheiros, também na Zona Sul, 17% dos bebês nascidos vivos no território eram filhos de mães com 19 anos ou menos, enquanto no distrito de Jardim Paulista apenas 0,7%.
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Trabalho e Renda
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A oferta de trabalho na cidade também apresenta discrepâncias. Enquanto no distrito da Barra Funda há 59 postos de emprego formal para cada 10 habitantes em idade ativa (com 15 anos ou mais), no distrito de Cidade Tiradentes são apenas 0,2 posto de emprego formal para a mesma proporção. Isso representa desigualdade 246 vezes superior.
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“Esse dado demonstra que há uma forte concentração de postos de trabalho na região central da cidade em detrimento das regiões periféricas”, afirma Américo Sampaio.
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A desigualdade de renda entre homens e mulheres também é grande. Enquanto no distrito da Consolação, no Centro, as mulheres ganham em média 39% a menos do que os homens, no distrito do Jaguará, na Zona Norte, são as mulheres que ganham mais, 15% em média.
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Os distritos com maior igualdade na remuneração entre homens e mulheres são os da Brasilândia e da Cachoeirinha, ambos uma diferença salarial entre homens e mulheres na casa de 2%.
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O Mapa da Desigualdade, que é desenvolvido pela Rede Nossa SP desde 2012, auxilia a gestão e o planejamento municipal e ajuda a identificar prioridades, déficits e necessidades da população e seus distritos.
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O Mapa também contribui para a elaboração de políticas públicas para a redução das desigualdades em São Paulo, além de divulgar informações sobre as diferentes regiões da cidade.
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Mercado de trabalho brasileiro mostra que as mulheres levam desvantagem em cargos e áreas; diferenças salariais chegam a 53% — Foto: Monty Rakusen/Cultura Creative
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