Saiu no site REVISTA MARIE CLAIRE
Veja publicação original: Djamila Ribeiro e Sueli Carneiro estão em ação que enfatiza que racismo é crime
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Marie Claire levantou dados que mostram que, principalmente as mulheres negras, ainda vivem as consequências da discriminação racial. Em ação neste Dia da Consciência Negra, intelectuais, artistas e jornalistas participam de campanha nas redes sociais da revista
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Neste Dia da Consciência Negra, Marie Claire lembra que racismo é crime, numa ação que reúne oito mulheres negras, entre elas nossas colunistas Djamila Ribeiro, Larissa Januário, Stephanie Ribeiro, Eliane Dias e Isis Vergílio, atrizes, influenciadora e a filósofa, escritora e ativista antirracismo Sueli Carneiro, nas redes sociais da revista (Instagram e Facebook).
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A ação chama a atenção para o fato de que racismo é crime, e ataques como os feitos a atriz Erika Januza em outubro deste ano não podem ser considerados fatos isolados. O números mostram que ainda falta muito para que as mulheres negras, em especial, tenham seus direitos básicos respeitados.
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De acordo com o dossiê A situação dos direitos humanos das mulheres negras no Brasil: violências e violações do Geledés – Instituto da Mulher Negra e Criola – Organização de Mulheres Negras, as mulheres negras são 64% das vítimas de assassinato no Brasil.
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Nos últimos 10 anos, o números de assassinatos caíram 8% entre as mulheres brancas e aumentaram 15,4% entre as negras. O Brasil mata 71% mais mulheres negras do que brancas, mostra o Atlas da Violência de 2018 do IPEA.
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Mulheres negras estão em desvantagem e em situação maior de violência em todos os aspectos. Em 2015, por exemplo, foi apontado pelo Ministério Público que elas são 60% das mães mortas durantes partos no Sistema Único de Saúde (SUS).
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Segundo o IBGE, o porcentual de mulheres brancas com ensino superior completo é de 23,5%, 2,3 vezes maior do que o de mulheres pretas ou pardas, 10,4%.
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E quando negras chegam ao mercado de trabalho recebem 40% do salário de um homem branco e 58% da remuneração de uma mulher branca.
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Dentro de casa, negras são 59,71% das vítimas de violência doméstica, de acordo com o Balanço da Central de Atendimento à Mulher do Ligue 180. E 68,8% das mulheres mortas por agressão são negras.
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Mulheres negras também são as maiores vítimas da Justiça. Entre 2000 e 2014, o índice de mulheres encarceradas no Brasil saltou de 6,5 para 36,4 a cada 100 mil. O Ministério da Justiça estima que duas em cada três sejam negras e cometeram crimes não violentos.
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Acompanhe a ação do Dia da Consciência Negra durante todo o dia em nosso Instagram e Facebook.
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