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A tecnologia tem que ser para todas as pessoas”, diz Nina Silva, fundadora do Movimento Black Money

Saiu no site INSTITUTO GELEDÉS

 

Veja publicação original: A tecnologia tem que ser para todas as pessoas”, diz Nina Silva, fundadora do Movimento Black Money

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A empresária especialista em TI foi considerada uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo

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Por Rennan A. Julio

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Não há dúvidas de que o mundo passa por uma revolução digital. O que nem todos se perguntam, entretanto, é se essas mudanças realmente abrangem a população como um todo. Para Nina Silva, especialista em tecnologia e fundadora do Movimento Black Money, a disparidade no meio digital ainda é grande – e ainda há muito a se fazer.

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Foi para falar sobre isso que Nina subiu aos palcos do RD Summit 2018, evento que acontece em Florianópolis e chega ao seu último dia nesta sexta-feira (9/11). Com a palestra “Tecnologia para quem?”, a executiva falou sobre a importância da diversidade dentro das empresas. “As companhias não podem ignorar esse assunto. Elas estão perdendo dinheiro.”

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Nina é dona de uma história inspiradora. Ela nasceu no Jardim Catarina, no Rio de Janeiro, considerada por anos a maior favela plana da América Latina. Ao longo de sua vida, entretanto, diz nunca ter se encaixado nas “caixinhas” do meio em que estava inserida. “O grande objetivo era se manter vivo. Depois, fazer uma faculdade, arrumar um emprego de trainee e sonhar em um dia chegar em um cargo de liderança.”

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Mas ela decidiu tomar um rumo diferente: tornou-se escritora especializada em literatura de raça e de contos eróticos. Em paralelo, começou a estudar tecnologia e se tornou uma especialista em TI. “Eu entrei nisso, porque disseram que daria dinheiro. Me virei para aprender tudo e fui abrindo portas”, diz.

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Quando entrou de cabeça na área, percebeu na prática a falta de diversidade de gênero e raça dentro do mercado de tecnologia. Segundo dados apresentados por Nina, mulheres negras chegam a receber 40% do salário de homens brancos, dentro das mesmas condições técnicas. “A gente esquece que coisas mínimas ainda não estão garantidas.”

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Nina trabalhou duro e se tornou uma profissional reconhecida mundo afora. Liderou equipes de tecnologia pelo mundo e se tornou uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo, pelo MIPAD100 e a ONU.

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Pluralidade como oportunidade

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Com tantas conquistas, tirou do papel um novo projeto: o Movimento Black Money, um programa de desenvolvimento do ecossistema afroempreendedor. Seu principal objetivo é estimular a inovação entre empreendedores e jovens negros. O projeto tem foco em comunicação, educação e novas mídias.

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“Não é a Nina que está falando da importância da diversidade dentro das empresas. São os números, são os relatórios da McKinsey. Empresas com diversidade étnica, racial e de gênero lucram mais. Se não for pelo amor, vão ter aceitar isso pela dor.”

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Para Nina, esse é o papel da tecnologia social. É uma tecnologia com baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social comprovado. “A tecnologia tem que ser para todas as pessoas, ou não faz sentido existir”, afirma.

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Na prática, isso só vai acontecer se as empresas trabalharem com equidade. “Não somos todos iguais. Entendam e sejam felizes assim. E só teremos oportunidades iguais quando tivermos contextos iguais. Até lá, precisamos de equidade.”

 

 

 

 

 

 

 

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