Saiu no site G1
Veja publicação original: BH registra 160 casos de assédio sexual nos últimos nove meses
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Catorze deles aconteceram dentro do transporte coletivo. Entidades fazem campanha de conscientização para tentar diminuir o número de casos.
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De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 160 casos de assédio sexual em Belo Horizonte, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública. Catorze deles aconteceram no transporte coletivo. Os dados poderiam ser ainda maiores, mas muitas mulheres vítimas de importunação sexual acabam não acionando a polícia.
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Para tentar acabar com essa prática dentro dos ônibus e do metrô, a Guarda Municipal vai fazer uma campanha de conscientização e atuar, em conjunto com a polícia e com a BHTrans, para identificar e prender os criminosos.
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“Eu estava em pé. Estava muito cheio e tinha um jovem atrás de mim. E eu vi que estava demais. Não era porque estava muito cheio, aí eu me afastei. Estavam eu e minha prima, e ele veio de novo atrás da gente. Minha prima até chamou a atenção dele, aí ele percebeu e foi para trás”, disse a cuidadora de idosos, Vanessa Felipe. Desde setembro a importunação sexual é crime com pena de 1 a 5 anos de prisão.
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A Guarda Municipal anunciou uma campanha e a formação de uma patrulha contra o assédio sexual. Nos ónibus, um grande aliado vai ser o botão do pânico, que hoje funciona para alertar a polícia em situações de roubo e vandalismo.
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Para prevenir a importunação, desde o final de 2016 a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) destina de segunda a sexta, de 6h30 às 8h30 da manhã, e das 17h às 20h, um vagão do metrô só para as mulheres. Trata-se do segundo vagão, mas como não tem identificação por fora, muita gente nem sabe que ele existe.
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De acordo com a CBTU, cartazes informativos afixados nas estações reforçam a divulgação do vagão exclusivo. Ele não tem uma cor diferenciada porque a lei que determina a instituição do compartimento exclusivo não estabelece de que modo será feita e nem dá prazo para a identificação.
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Ainda segundo a CBTU, a violência contra a mulher é um problema social complexo e a redução dessa prática deve se dar por meio de ações de segurança pública. A companhia reforça que o efetivo de segurança do metrô tem atuado na orientação à população, estimulando o respeito ao vagão exclusivo.
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