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ONU lança iniciativa para igualdade de gênero nas empresas da América Latina

Saiu no site ONU BRASIL: 

 

Veja publicação original: ONU lança iniciativa para igualdade de gênero nas empresas da América Latina

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ONU Mulheres e União Europeia vão promover, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), iniciativas de empoderamento econômico das mulheres na Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica e Uruguai. Foto: ONU Mulheres/Ângela Rezé

ONU Mulheres e União Europeia vão promover, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), iniciativas de empoderamento econômico das mulheres na Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica e Uruguai. Foto: ONU Mulheres/Ângela Rezé

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Agências da ONU e a União Europeia reuniram em agosto, em São Paulo, cerca de 550 lideranças dos setores privado e público para debater as desigualdades entre homens e mulheres nas empresas da América Latina e Caribe. O Fórum WEPs 2018 marcou o lançamento do programa Ganha-Ganha: Igualdade de gênero significa bons negócios, que será implementado pelas Nações Unidas e pelo bloco europeu na Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica e Uruguai.

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A sigla WEPs é uma referência aos Princípios de Empoderamento das Mulheres (Women’s Empowerment Principles, no original em inglês), lançados pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global das Nações Unidas para estimular o compromisso do mundo corporativo com políticas de gênero. Mais de 2 mil instituições já adotaram as medidas, que visam à igualdade entre homens e mulheres no local de trabalho, no mercado e na sociedade.

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Durante o fórum, realizado em 29 e 30 de agosto, a Lee Hecht Harrison Brasil e a Sodexo Benefícios e Incentivos aderiram às recomendações dos organismos internacionais. Com isso, subiu para 174 o número de empresas signatárias dos princípios no país. Atualmente, o Brasil é a terceira nação com a maior quantidade de companhias apoiadoras das diretrizes.

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Uma pesquisa inédita, realizada pela Fundação Dom Cabral e apresentada no evento em São Paulo, identificou uma diferença salarial considerável entre homens e mulheres no mercado de trabalho. A disparidade aumenta conforme os cargos vão se tornando mais altos. Segundo o estudo, enquanto 54% dos postos de coordenação são ocupados por mulheres, apenas 31% delas ocupam posições de diretoria nas empresas. O número cai para 26% em cargos de presidência e vice-presidência.

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O levantamento foi feito em parceria com a Aliança para o Empoderamento da Mulher, que tem o apoio da ONU Mulheres.

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Desigualdades de gênero na América Latina e Caribe

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Durante lançamento da iniciativa Ganha-Ganha: Igualdade de gênero é um bom negócio, a diretora regional da ONU Mulheres para as Américas e Caribe, Luiza Carvalho, enfatizou a responsabilidade das empresas para acelerar o empoderamento econômico das mulheres.

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“Elas (as companhias) podem promover muitas ações, sejam por meio da mudança de sua cultura corporativa, da eliminação de práticas discriminatórias, da promoção de políticas ativas de incorporação e ascensão de mulheres em seus quadros”, explicou.

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O diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Martin Hahn, lembrou que mais de 90% dos empregos no mundo estão no setor privado. “O poder de transformação das empresas é enorme e muito estratégico para os negócios. Percebemos que existe uma relação direta e muito clara na melhora de resultados das companhias que implementaram programas que promovem a igualdade de gênero. Mais diversidade gera criatividade e melhoria nos produtos”, afirmou.

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Também presente no fórum, a ministra das Mulheres e Igualdade de Gênero do Chile, Isabel Plá, questionou o uso recorrente do conceito de meritocracia, em contextos marcados por disparidades que prejudicam as mulheres.

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“Na América Latina, o talento, o mérito e o esforço para as mulheres não são suficientes. Hoje, só 7% de nós estão em cargos de direção na política do Chile”, lembrou.

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Em maio, a dirigente lançou em Santiago o “Agenda Mujer”, um programa com 22 medidas para alcançar a igualdade de direitos e deveres para homens e mulheres. Na lista, está o aumento da participação das mulheres em cargos de alta responsabilidade.

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O projeto Ganha-Ganha busca promover não apenas a igualdade de gênero nas empresas, mas também oportunidades de negócios para as empreendedoras da Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica, Uruguai e Europa. O objetivo é incentivar o debate entre instituições, fortalecendo a pauta do empoderamento feminino.

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“Queremos colaborar com as companhias para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na América Latina e no Caribe, por meio do diálogo e do intercâmbio com os países da União Europeia”, destacou o embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho.

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Juntos, os seis países latino-americanos e caribenhos envolvidos no programa Ganha-Ganha reúnem quase 250 empresas signatárias dos WEPs. Com quase 70% do total, o Brasil marca presença principalmente nos setores elétrico, bancário e financeiro, tecnologia, suprimentos, saúde, alimentação, mídia e têxtil. Com o programa Ganha-Ganha, a meta é ampliar consideravelmente o número de empresas signatárias, trazendo a questão de gênero para o centro da estratégia de negócios.

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Saiba mais sobre os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs) clicando aqui.

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Lídia Abdalla, CEO da Sabin Medicina Diagnóstica, frisou que é fundamental transformar a cultura institucional, alcançando as cadeias de fornecimento e fomentando mudanças no entorno da empresa. Para a dirigente, esta “força-tarefa”, que compreende a comunicação clara, a formalização de acordos e a estipulação de metas, “nem sempre é fácil”.

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“Traz desafios de gestão e administração, mas também uma grande riqueza para os negócios”, afirmou.

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Convidado para dividir os compromissos do Santander Brasil, o CEO Sergio Rial chamou atenção para a tendência à conformidade e à acomodação do mundo corporativo. “As empresas têm que ter flexibilidade e diálogo”, disse.

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Cida Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), abordou como a desigualdades de gênero se somam a outras formas de discriminação, como a racial.

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“Quando olho para esta sala, quase esqueço da realidade do Brasil. Desafio as minhas colegas: como podemos trazer a agenda da equidade com mais presenças nesses momentos, para que comporte mulheres negras, indígenas, quilombolas? Brasileiras somos todas nós. A realidade das empresas está mudando, mas para quem?”, questionou, em pronunciamento para um público predominante branco.

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O Fórum WEPs 2018 discutiu também o engajamento dos homens na pauta da igualdade de gênero, o papel das empresas na luta contra a violência, mecanismos inclusivos de compras corporativas, estereótipos na publicidade e a participação das mulheres com deficiência e da comunidade LGBTI+ no setor privado.

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Saiba mais sobre os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs) clicando aqui.

 

 

 

 

 

 

 

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