Saiu no site G1:
Veja publicação original: Marcha das Mulheres Negras leva centenas de mulheres às ruas em Belém
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Segundo a organização do protesto, o objetivo é reivindicar questões das mulheres negras na sociedade.
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Mulheres fizeram um ato no bairro do Guamá, em Belém, na noite desta quarta-feira (25). A III Marcha das Mulheres Negras reuniu centenas de pessoas em caminhada para lembrar o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela.
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A caminhada começou por volta das 16h na avenida Tucunduba, em frente à Unidade Integrada ProPaz, no Guamá. Em seguida, o grupo seguiu pela avenida Perimetral, rua Augusto Corrêa e avenida Barão de Igarapé Miri, até a Praça Benedito Monteiro.
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Flávia Ribeiro, uma das coordenadoras, explicou que a marcha busca colocar em evidência as reivindicações das mulheres negras na sociedade, sendo uma delas a efetiva aplicação da lei Maria da Penha. A ativista diz que é a principal política pública de combate à violência contra a mulher.
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“A lei não funciona para mulheres negras, que ainda são as principais vítimas de violência”, disse.
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Segundo Ribeiro, o índice de morte de negras por violência doméstica cresceu em 54% nos últimos anos e as mulheres negras são as maiores vítimas de estupro, violência obstétrica e as que mais enfrentam dificuldades para estar nas universidades, postos de trabalhos, entre outros.
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Tereza de Benguela
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A defensora pública Luiciana Filizzola Bringel, da Associação dos Defensores Públicos do Pará (Adpep), explica que Tereza de Benguela era uma líder quilombola, que lutou contra a escravidão, e se suicidou por não aceitar se submeter à escravidão. Por isso ela se tornou um ícone na luta das mulheres negras contra o preconceito e pela igualdade de gênero e raça.
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“A desigualdade de gênero ainda é uma triste realidade no mundo, o que se agrava na situação da mulher negra, que é muito mais vulnerável ao preconceito e à violência”, diz a defensora.
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“Daí a necessidade de cada vez mais ser dado publicidade a esse dia divulgando e fortalecendo todas formas de inserção e combate ao sexismo, preconceito racial e toda forma de opressão”, destaca.
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