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Em decisão histórica Nigéria oficializa a proibição da mutilação genital feminina

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A mutilação genital feminina na Nigéria é um tema que está em voga há algum tempo. De um lado estão os defensores a manutenção de tradições. Do outro mulheres e pessoas que acreditam na importância de cessar práticas machistas.

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Em meio ao cenário de debate, o presidente Goodluck Jonathan aprovou criminalização da mutilação genital feminina na Nigéria. Considerado o último ato de seu mandato, já que Jonathan foi derrotado no pleito eleitoral por Muhammadu Buhari, a lei federal representa uma mudança de postura do país da África Ocidental.

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A medida, que também prevê punição aos homens que abandonarem suas mulheres e filhos, vai contribuir para a diminuição deste hábito mutilatório. De acordo com levantamento feito por entidades de defesa dos direitos humanos, a mutilação feminina atingiu 25% das mulheres nigerianas entre 15 e 49 anos. A ONU revelou em 2014 que o ato gera infertilidade, perda do prazer sexual, além de oferecer risco de morte causado por possíveis infecções.

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Cercada por um debate que envolve tradição, mas também direito ao próprio corpo, a proibição da mutilação feminina traduz uma mudança oriunda do desenvolvimento social. Não se trata de um fim aos costumes tradicionais, mas de uma adequação aos tempos modernos.

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“É crucial que continuemos com os esforços de mudanças de visões culturais que permitem a violência contra a mulher. Só assim esta prática agressiva terá um fim”, declarou ao The Guardian Stella Mukasa, diretora do núcleo de Gênero, Violência e Direitos do Centro de Pesquisas da Mulher.

 

 

 

 

 

 

 

 

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