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Startups fundadas por mulheres faturam mais, mostra estudo

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Veja publicação original:  Startups fundadas por mulheres faturam mais, mostra estudo

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Empresas criadas por mulheres, no entanto, recebem menos investimentos, mostra um estudo da consultoria BCG

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Startups fundadas por mulheres recebem menosinvestimentos, mas faturam mais do que as empresas fundadas por homens. A conclusão é de um estudo realizado pelo The Boston Consulting Group (BCG). Segundo a pesquisa, para cada dólar de financiamento, as startups com mulheres fundadoras geraram 78 centavos, enquanto as fundadas por homens renderam menos da metade disso (31 centavos).

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Para chegar à conclusão, o BGC utilizou a base de dados da MassChallenge, rede global de aceleradoras de startups que apoiou cerca de 1,5 mil empresas desde 2010. Juntas, elas levantaram US$ 3 bilhões em aportes e criaram mais de 80 mil empregos. 42% de todos os negócios acelerados tiveram pelo menos uma mulher como fundadora.

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Para o estudo do BCG, foram consideradas 350 startups — 258 criadas por homens e 92 fundadas ou cofundadas por mulheres. Em um período de cinco anos, as startups criadas por homens receberam mais que o dobro de aportes (US$ 2,12 milhões) do que as fundadas por  mulheres (US$ 935 mil). A receita gerada, porém, não foi proporcional ao valor investido. As startups de homens faturaram cerca de 10% menos. A receita foi de US$ 662 mil contra US$ 730 mil.

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O que explica a disparidade?
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A consultoria mapeou alguns fatores que ajudam a explicar a dissonância entre aporte recebido e receita gerada. Segundo a consultoria, as mulheres enfrentam mais desafios durante a apresentação de seus negócios a investidores pois são mais questionadas do que os homens na mesma posição. É uma questão, portanto, mais comportamental do que falta de dinheiro em si.

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As fundadoras também hesitam em responder diretamente às críticas, segundo o BCG. “Se um possível financiador fizer comentários negativos sobre aspectos do discurso de uma mulher, em vez de discordar do investidor e argumentar sobre seu caso, é mais provável que ela aceite isso como um feedback legítimo”, diz a consultoria. Por outro lado, os fundadores homens são mais propensos a fazer “projeções mais ousadas”, o que traz maior confiança por parte dos investidores.

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Outro fator citado é que investidores do sexo masculino “têm pouca familiaridade com os produtos e serviços que as empresas fundadas por mulheres comercializam para outras mulheres”. Isso acaba se mostrando uma desvantagem para as mulheres já que os investidores tendem a avaliar com menor potencial suas ideias, segundo o BCG.  “Entrevistamos fundadoras que disseram que as suas ofertas em categorias como cuidados infantis ou beleza, por exemplo, tinham sido criadas com base na experiência pessoal e que tinham lutado para que os investidores do sexo masculino compreendessem a necessidade ou vissem o valor potencial das suas ideias”, diz o estudo.

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O BCG aconselha os investidores a se preocuparem em entender os “tipos de preconceitos que colocam as mulheres em desvantagem”. A consultoria também defende que as aceleradoras de startups podem atuar no ecossistema empreendedor em termos de orientação, trabalho e recursos, para ajudar a diminuir essa lacuna de investimento entre homens e mulheres empreendedoras.

 

 

 

 

 

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