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A cerâmica indígena que ainda resiste pelas mãos das mulheres de Tacaratu

Saiu no site EL PAÍS BRASIL:

 

Veja publicação original: A cerâmica indígena que ainda resiste pelas mãos das mulheres de Tacaratu

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    • Por meio das fotos, Ana Araújo conta mais de 30 anos de pesquisa documental sobre as 'loiceiras' de Tacaratu, cidade natal da fotógrafa, no sertão de Pernambuco. Ela explica que o termo 'loiça' é "uma herança do português castiço, falado no Brasil colonial, sendo corretas, na língua portuguesa de hoje, as duas denominações: 'loiça' ou louça; 'loiceira' ou louceira". No livro, a fotógrafa escolheu utilizar somente o termo 'loiça', e, consequentemente, 'loiceiras', como é falado em Tacaratu.
      1. Por meio das fotos, Ana Araújo conta mais de 30 anos de pesquisa documental sobre as ‘loiceiras’ de Tacaratu, cidade natal da fotógrafa, no sertão de Pernambuco. Ela explica que o termo ‘loiça’ é “uma herança do português castiço, falado no Brasil colonial, sendo corretas, na língua portuguesa de hoje, as duas denominações: ‘loiça’ ou louça; ‘loiceira’ ou louceira”. No livro, a fotógrafa escolheu utilizar somente o termo ‘loiça’, e, consequentemente, ‘loiceiras’, como é falado em Tacaratu.ANA ARAÚJO
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    • A fotógrafa escolheu incluir algumas imagens em preto e branco para tratar também da própria história da fotografia, da analógica para a digital. Nesta imagem, o povo indígena Pankararu usa as 'loiças' no almoço do ritual Menino no Rancho, na Aldeia Brejo dos Padres, em Tacaratu.
      A fotógrafa escolheu incluir algumas imagens em preto e branco para tratar também da própria história da fotografia, da analógica para a digital. Nesta imagem, o povo indígena Pankararu usa as ‘loiças’ no almoço do ritual Menino no Rancho, na Aldeia Brejo dos Padres, em Tacaratu.ANA ARAÚJO
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    • A fotógrafa tem uma relação afetiva e familiar com as 'loiceiras', já que nasceu e viveu em Tacaratu até os 14 anos. Anualmente, ela volta à cidade, onde produz novos registros. Na foto, o processo manual de modelagem da louça por Antônia Inês da Conceição, 'Tônia Loiceira', no sítio Altinho, em Tacaratu, em 1994. Ana conta que começou seu trabalho retratando 'Tônia Loiceira', que é uma das principais personagens do livro. "Dona Tônia faleceu em abril de 2012, aos 81 anos", conta ela.
      A fotógrafa tem uma relação afetiva e familiar com as ‘loiceiras’, já que nasceu e viveu em Tacaratu até os 14 anos. Anualmente, ela volta à cidade, onde produz novos registros. Na foto, o processo manual de modelagem da louça por Antônia Inês da Conceição, ‘Tônia Loiceira’, no sítio Altinho, em Tacaratu, em 1994. Ana conta que começou seu trabalho retratando ‘Tônia Loiceira’, que é uma das principais personagens do livro. “Dona Tônia faleceu em abril de 2012, aos 81 anos”, conta ela.ANA ARAÚJO
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    • As louças produzidas em Tacaratu são herança da tradição dos indígenas Pankararu e até hoje são encontradas em forma de panelas, potes, tachos e outras peças de barro. Na imagem, Antônia Inês da Conceição, a ­'Tônia Loiceira' e sua neta Adriana Bezerra, aos 8 anos, na feira de Tacaratu, em 1988.
      As louças produzidas em Tacaratu são herança da tradição dos indígenas Pankararu e até hoje são encontradas em forma de panelas, potes, tachos e outras peças de barro. Na imagem, Antônia Inês da Conceição, a ­’Tônia Loiceira’ e sua neta Adriana Bezerra, aos 8 anos, na feira de Tacaratu, em 1988.ANA ARAÚJO
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    • A modernidade trouxe para os utensílios de cozinha outros materiais e as panelas de alumínio tomaram o lugar das tradicionais cerâmicas. "Por causa desta demanda quase inexistente pelas 'loiças', atualmente só restam em atividade quatro descendentes da mestra Tônia e dez 'loiceiras' nas aldeias indígenas Pankararu do Brejo dos Padres e da Tapera", conta Ana Araújo. "Todas elas deixaram de vender nas feiras e hoje apenas produzem 'loiça' sob encomenda". Na foto, ­técnica de manufatura das 'loiças' mantida com originalidade, conforme a tradição Pankararu, por 'Tônia Loiceira', em 2002.
      A modernidade trouxe para os utensílios de cozinha outros materiais e as panelas de alumínio tomaram o lugar das tradicionais cerâmicas. “Por causa desta demanda quase inexistente pelas ‘loiças’, atualmente só restam em atividade quatro descendentes da mestra Tônia e dez ‘loiceiras’ nas aldeias indígenas Pankararu do Brejo dos Padres e da Tapera”, conta Ana Araújo. “Todas elas deixaram de vender nas feiras e hoje apenas produzem ‘loiça’ sob encomenda”. Na foto, ­técnica de manufatura das ‘loiças’ mantida com originalidade, conforme a tradição Pankararu, por ‘Tônia Loiceira’, em 2002.ANA ARAÚJO
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    • Três gerações de 'loiceiras': 'Tônia Loiceira', a filha Naíde Antônia de Lima Santos ('Nida Loiceira') e a neta Maria Auxiliadora Lima ('Cila Loiceira'), em 2007.
      Três gerações de ‘loiceiras’: ‘Tônia Loiceira’, a filha Naíde Antônia de Lima Santos (‘Nida Loiceira’) e a neta Maria Auxiliadora Lima (‘Cila Loiceira’), em 2007.ANA ARAÚJO
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    • Graças à força e à resistência da cultura indígena, as 'loiças' continuam presentes nas festas e celebrações Pankararu, explica a autora. Na foto, um ritual Pankararu com os 'Praiá' (intermediários espirituais entre os homens e os 'encantados', entidades indígenas representativas do sagrado Pankararu), fazendo uso das 'loiças', em 2016.
      Graças à força e à resistência da cultura indígena, as ‘loiças’ continuam presentes nas festas e celebrações Pankararu, explica a autora. Na foto, um ritual Pankararu com os ‘Praiá’ (intermediários espirituais entre os homens e os ‘encantados’, entidades indígenas representativas do sagrado Pankararu), fazendo uso das ‘loiças’, em 2016.ANA ARAÚJO
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    • 'Loiças' de Maria Aciole Barbosa, a 'Maria de Dion', em Aldeia Brejo dos Padres, terra indígena Pankararu, em Tacaratu. 'Maria de Dion' é uma das que fazem questão de manter viva a tradição, explica Ana em seu livro. Ela pinta suas peças com giz branco da Serra do Sorongo e com toá, ou tauá, uma pedra de um intenso vermelho terra. "Esses elementos naturais estão também na pintura corporal dos índios", diz a fotógrafa.
      ‘Loiças’ de Maria Aciole Barbosa, a ‘Maria de Dion’, em Aldeia Brejo dos Padres, terra indígena Pankararu, em Tacaratu. ‘Maria de Dion’ é uma das que fazem questão de manter viva a tradição, explica Ana em seu livro. Ela pinta suas peças com giz branco da Serra do Sorongo e com toá, ou tauá, uma pedra de um intenso vermelho terra. “Esses elementos naturais estão também na pintura corporal dos índios”, diz a fotógrafa.ANA ARAÚJO
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    • Detalhe da pintura com toá (pedra vermelha) e giz branco, na 'loiça' de Maria Aciole Barbosa, 'Maria de Dion'.
      Detalhe da pintura com toá (pedra vermelha) e giz branco, na ‘loiça’ de Maria Aciole Barbosa, ‘Maria de Dion’.ANA ARAÚJO
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    • 'Loiceira', Maria Aciole Barbosa, 'Maria de Dion', 60, na Aldeia Brejo dos Padres, Terra indígena Pankararu.
      10 ‘Loiceira’, Maria Aciole Barbosa, ‘Maria de Dion’, 60, na Aldeia Brejo dos Padres, Terra indígena Pankararu.ANA ARAÚJO
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  • A capa do livro 'As loiceiras de Tacaratu - a arte milenar das mulheres do meu sertão', de Ana Araújo. As vendas, a princípio, estão sendo feitas pelas redes sociais, nas páginas 'As Loiceiras de Tacaratu', no Facebook e @fotoanaaraujo, no Instagram.
    11 A capa do livro ‘As loiceiras de Tacaratu – a arte milenar das mulheres do meu sertão’, de Ana Araújo. As vendas, a princípio, estão sendo feitas pelas redes sociais, nas páginas ‘As Loiceiras de Tacaratu’, no Facebook e @fotoanaaraujo, no Instagram.

 

 

 

 

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