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Primeira turma de mulheres co-pilotas de companhia aérea no Brasil se forma em SP

Saiu no site G1:

 

Veja publicação original: Primeira turma de mulheres co-pilotas de companhia aérea no Brasil se forma em SP

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Por  Bárbara Muniz Vieira

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Cerimônia de formatura de 16 co-pilotas ocorreu na tarde desta quarta-feira (11) na Vila Olímpia, Zona Sul da capital.

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Dezesseis mulheres se formaram como co-pilotas em uma cerimônia que aconteceu na tarde desta quarta-feira (11) na Vila Olímpia, na Zona Sul de São Paulo. É a primeira vez que uma companhia aérea no Brasil forma uma turma desse tipo só com mulheres.

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As formandas passaram por cursos de piloto privado e comercial e têm de cumprir um mínimo de 500 horas de voo. Para se tornarem comandantes, são necessárias pelo menos 3500 horas de voo, dependendo da empresa contratante.

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Um dos desafios da formação como piloto é o preço do curso, que pode chegar a R$ 100 mil. Esse foi um dos desafios para Tatiane Martins, 36 anos, uma das formandas. Filha de pai professor e mãe dona de casa, ela teve de guardar dinheiro por dez anos até conseguir começar a estudar para se tornar pilota.

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“Pisei em um aeroporto pela primeira vez aos 15 anos e soube que queria pilotar. Atuei como comissária de bordo e guardei dinheiro até conseguir começar a formação”, relembra a formanda Tatiane Martins.

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Maridalva com a filha, Tatiane, na formatura (Foto: Bárbara Muniz Vieira/G1)Maridalva com a filha, Tatiane, na formatura (Foto: Bárbara Muniz Vieira/G1)

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No meio do caminho, Tatiane lidou com o falecimento do pai e o câncer da mãe, Maridalva Martins, 64 anos, que não escondia o orgulho da filha durante a formatura dela. “Estou muito feliz. É uma compensação de todo o esforço. Ela sempre foi muito estudiosa. Colocava na cabeça que ia estudar oito horas por dia e não parava antes de completar este tempo”, relembra.

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A comandante mais jovem da Avianca, companhia aérea que promoveu o curso, Cíntia Mara Lanhozo, tem 31 anos e prestigiou o evento. Segundo ela, ainda há muito preconceito na área.

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“Quando soube que eu era a comandante do voo, um senhor veio até mim e disse: ‘cuidado com as nossas vidas, mocinha’. E eu respondi: ‘é a minha vida também'”, relembra. “Falta muita referência e estímulo pra nós, mas o preconceito não me incomoda. Muitas vezes as pessoas também acham curioso e vão na cabine tirar foto, fazem festa”, conta ela.

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Cíntia Mara Lanhozo, aos 31 anos, é a comandante mais jovem da empresa (Foto: Bárbara Muniz Vieira/G1)

Cíntia Mara Lanhozo, aos 31 anos, é a comandante mais jovem da empresa (Foto: Bárbara Muniz Vieira/G1)

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‘Não deveria ser extraordinário’, diz Glória Maria

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A apresentadora Glória Maria participou de uma mesa redonda antes de início da cerimônia de formatura e falou sobre os desafios das mulheres no mercado de trabalho. Segundo ela, apesar dos avanços, as dificuldades continuam

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“Os chefes continuam sendo homens em maior parte porque há muita corporatividade. Homem confia em homem, homem contrata homem”, disse ela durante o debate.

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Apesar disso, Glória acredita que há avanços. “Não lembro de ter visto há 15 anos mulheres pilotando avião. Eu viajo muito e nunca vi uma mulher como comandante. No máximo já vi uma co-pilota em um voo internacional. Não devia ser uma coisa tão extraordinária. E quando os homens estiveram no comando será difícil. É difícil a gente ocupar essa posição que nos colocaram”, disse Glória.

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