Saiu no site G1:
Veja publicação original: Mulheres começam a dividir espaço com estivadores no Porto de Rio Grande
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Dos 360 profissionais que atuam no local, apenas duas são mulheres. Elas decidiram trocar de carreira para trabalhar em um ambiente de maioria masculina.
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Por Nathália King
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Porto de Rio Grande é considerado um dos cinco mais importantes do país, e um dos mais eficientes na exportação de grãos. Para que tudo corra com eficiência, o trabalho dos estivadores é essencial. É ainda um universo dominado pelos homens, mas que começa a contar com a presença feminina. A proporção ainda é pequena. Dos 360 profissionais que atuam no local, duas são mulheres.
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Kátia desempenha funções lado a lado com homens no Porto de Rio Grande (Foto: Reprodução/RBS TV)
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Elas trocaram de carreira para se dedicar so trabalho pesado de um estivador, que entre outras funções movimenta cargas nas embarcações.
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A estivadora Kátia Perinazzo fala da importância do trabalho desempenhado por ela.
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“A gente é essencial no navio, porque a estiva tem que fazer parte. Sem a estiva, o navio não funciona. Então é a gente que faz a carga movimentar, entrar ou sair do navio […] a gente bota a mão na massa mesmo”, diz.
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Kátia foi a primeira mulher a desempenhar a função no porto. Desistiu da carreira de fisioterapeuta e fez curso no setor portuário.
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“A gente tem que mostrar serviço porque aqui ninguém fica de brincadeira, ninguém faz o trabalho do outro, cada um faz o seu, e cada um tem uma função”, conta.
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Inspirada no pai, Elaine deixou de lado a carreira de Letras para trabalhar na estiva (Foto: Reprodução/RBS TV)
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Em outro terminal, a professora formada em Letras Eliane Gomes Neris conta que sempre sonhou em trabalhar na estiva, seguindo o exemplo do pai, que desempenhava a função de arrumador.
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“Quando surgiu a oportunidade, eu disse: ‘vou ver realmente como é’ […] E é tranquilo, a mulher pode fazer. É um pouquinho desgastante, porque é um serviço mais pesado, mas condições temos, é só querer”, diz.
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A atividade sempre foi ligada ao universo masculino por se tratar de um serviço mais pesado, mas com a automação dos processos, qualquer um pode desempenhar a atividade normalmente.
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“A gente busca a igualdade. E como a gente consegue igualdade? Mostrando que a gente pode fazer”, afirma Eliane. Kátia até brinca com a presença feminina dizendo que “dá um ar mais bonito para a estiva”.
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Kátia diz que cada uma desempenha suas funções sem refresco: ‘ninguém faz o trabalho do outro’ (Foto: Reprodução/RBS TV)
Greve
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As operações no Porto de Rio Grande foram prejudicadas durante a greve de caminhoneiros. Uma das atividades mais afetadas foi a exportação de soja, o principal produto agrícola no estado.
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Isso porque os caminhões foram impedidos de chegarem aos terminais. A superintendência do porto diz não ter estimativa dos prejuízos financeiros, mas deve divulgar um balanço sobre a movimentação de cargas nos próximos dias.
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