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No Brasil, mulheres são apenas 13% do total de candidatos eleitos

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Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que os partidos políticos devem reservar um mínimo de 30% do Fundo Eleitoral e do tempo de TV e rádio para as candidaturas femininas. O portal Transparência Partidária acredita que essa postura da Corte ajuda a resolver um problema estrutural da política brasileira que não foi resolvido em nenhuma reforma até agora: a baixa participação de mulheres nas eleições. Em reportagem de Davi Soares, publicada no jornal O Diário do Poder, dia 28 de maio, a organização apresenta indicadores que comprovam isso.

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A pesquisa inédita “Um olhar sobre a participação da mulher na política brasileira nos últimos 10 anos”, feita pela Pulso Público a pedido do Transparência Partidária, mostra que, apesar do aumento expressivo do número de mulheres candidatas na última década, a proporção de eleitas não acompanhou o mesmo ritmo. O resultado: hoje elas representam apenas 13% do número total de candidatos eleitos (levando em consideração as eleições municipais e as eleições gerais, entre 2008 e 2016).

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Em 2010, o Brasil teve 3.618 mulheres candidatas, das quais 193 foram eleitas. Já em 2014, foram 6.470 candidatas, mas somente 177 venceram os pleitos. O estudo aponta que as taxas de sucesso – proporção de mulheres eleitas em relação à quantidade de mulheres candidatas – das mulheres nas eleições vêm caindo. Nas eleições dos últimos 10 anos, esse número foi 40% inferior quando comparado aos dos homens. Na média, 6% delas conseguiram se eleger, enquanto, entre os candidatos homens, 15% saíram vitoriosos.

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Entre outros achados do estudo, estão:

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* Nas eleições municipais, houve crescimento de quase 100% na quantidade de candidatas na última década. Em 2008, eram pouco mais de 74 mil mulheres concorrendo aos cargos de chefe dos executivos municipais e vereadoras. Em 2016, foram mais 147 mil candidatas em todo o país. Se em 2008 elas representavam apenas 21% do total de candidaturas, em 20160 já eram 32%

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As candidaturas femininas para presidente da República, deputada federal, senadora, governadora e deputada estadual também aumentaram quase 80% nos últimos 10 anos.

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Nos últimos 10 anos, o número de mulheres filiadas a partidos políticos no Brasil saltou de 5,5 milhões, em 2008, para 7,4 milhões, em 2018 – um aumento de quase 35%.

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O crescimento do número de filiações femininas não foi suficiente, no entanto, para aumentar a participação efetiva das mulheres nos partidos políticos, que se manteve relativamente estável nos últimos 10 anos. Esse índice pode ter a ver com a baixa representação das mulheres dentro dos partidos.

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De cada 100 candidaturas apresentadas pelos partidos políticos na última década, em média, apenas 26 foram de mulheres.

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A maioria das siglas possui entre 40% e 46% de filiadas. Segundo a Lei de nº 9.504/1997, cada partido ou coligação deve conter no mínimo 30% e no máximo 70% de suas vagas para candidatura de cada sexo.

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É possível dizer que houve um aumento expressivo na quantidade e na proporção de mulheres candidatas nos últimos 10 anos, mas elas vêm tendo têm cada vez mais dificuldades que homens para chegar a cargos de liderança públicos. É necessário garantir a participação plena e efetiva das mulheres em busca de uma política igualitária. O Transparência Partidária acredita que os altos índices de violência contra a mulher ocorridos no Brasil estão diretamente relacionados à ausência delas na formulação de políticas públicas”, avalia o Transparência.

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Com informações do portal Transparência Política

 

 

 

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