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Feministas sauditas são detidas, diz Humans Right Watch

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As autoridades sauditas anunciaram neste sábado (19) a detenção de sete conhecidas defensoras dos direitos das mulheres, a poucas semanas de o reino retirar a proibição para que as mulheres possam dirigir.

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Sem identificar as detidas, os serviços sauditas de segurança afirmaram que sete pessoas foram presas por “tentativa de socavar a segurança e a estabilidade do reino (…) e desgastar a unidade nacional”.

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“Ainda estamos trabalhando para identificar todos os envolvidos” e tomar medidas legais contra eles, afirmou um porta-voz dos serviços de segurança em comunicado publicado neste sábado pela agência de notícias pública SPA.

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As detidas enfrentam acusações que incluem “contatos suspeitos com grupos estrangeiros” que fornecem apoio financeiro a “elementos hostis do exterior”.

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Estas operação acontece antes que o reino retire, em 24 de junho, a proibição às mulheres de dirigir. Recentemente foi advertido que Riad não toleraria que ninguém pressionasse para que realizem mudanças fora de sua autoridade.

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Embora as razões por trás das detenções não estejam claras, ativistas disseram à ONG Human Rights Watch (HRW) que em setembro de 2017 “a corte real havia ligado para as ativistas mais conhecidas do país (…) e advertiu que não falassem com a imprensa”.

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“Essas ligações foram feitas no mesmo dia em que as autoridades anunciaram que retirariam a proibição de dirigir”, indicou a HRW.

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Entre as ativistas detidas – a partir de 15 de maio – estão Loujain al Hathloul, Aziza al Yousef e Eman al Nafjan, que lutaram durante muito tempo contra a proibição de dirigir e outras normas que regem a vida das mulheres sauditas.

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“A ‘campanha de reformas’ do príncipe herdeiro Mohamed bin Salman tem sido um turbilhão de medo para os verdadeiros reformistas que se atrevem publicamente a defender os direitos humanos e a emancipação da mulher”, disse Sarah Leah Whitson, diretora da HRW para o Oriente Médio.

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“Parece que o único ‘crime’ que essas ativistas cometeram foi querer que as mulheres dirigissem antes de Mohamed bin Salman”, afirmou.

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Nafjan e Hathlul assinaram em 2016 uma petição para abolir este sistema patriarcal que rege a vida das mulheres, segundo a HRW.

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Também participaram de uma campanha contra a proibição de dirigir, antes que um decreto real revertesse o veto.

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As pessoas que apoiam o príncipe Mohamed bin Salman, considerado o impulsionador das reformas sociais em seu país, justificaram as decisões.

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Entre eles está o analista Naif al Asakerl, que se referiu às detidas como “agentes de embaixadas” e qualificou de “ignorantes” quem não apoia a sua prisão.

 

 

 

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