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Abuso sexual infantil – um crime silencioso mas cheio de vítimas

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Veja publicação original: Abuso sexual infantil – um crime silencioso mas cheio de vítimas

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O abuso sexual infantil é um problema presente em nossa sociedade e muitas vezes ainda desconhecido ou silenciado. Considerado pela OMS como a mais cruel e trágica infração aos direitos da criança. De acordo com Ministério da Saúde esse é o segundo maior tipo de violência entre 0 a 9 anos, ficando atrás, somente, para os casos de negligência ou abandono.

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A psicóloga Izamara Vanessa Holak Santana, de Apucarana, atende vítimas de abuso sexual infantil há seis anos. De maneira voluntária ela ajuda a polícia a identificar esses crimes.

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Ela explica que a violência sexual vai muito além daquilo que costumamos imaginar num primeiro momento e que os abusos podem se mostrar a princípio de maneira muito sutil. “Ele pode ser desde o verdadeiro estupro, até pequenos toques, mostra de imagens, fala pornográfica, e prática de atos libidinosos como até um beijo.”

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Segundo a profissional, uma criança que passa por uma situação como essa tende a se calar. Esse comportamento ainda vem acompanhado de outros sinais. “A criança sofre solitariamente, principalmente se for por alguém da família, até porque pra ela interpretar aquilo como violência, demora. Então os sinais podem ser um terror noturno, medo de estar sozinha, ela se torna anti-social, volta a fazer xixi na cama, tem falta de apetite, o rendimento escolar cai, e deixa de ter prazer nas coisas comuns.”, pontua.

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Com relação ao agressor, em casos onde este é do convívio familiar, a criança tende a mostrar negação por essa pessoa. “Ela se afasta. Então é papel de pai e mãe perceber qualquer tipo mudança.”, alerta.

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A psicóloga releva ainda que quanto mais cedo qualquer tipo de abuso for identificado menos sequelas ele deixará. A ajuda profissional nesses casos é fundamental. “Ter a quem confiar e a quem contar tudo que está acontecendo, criando um ambiente de sigilo e apoio.”, finaliza.

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Izamara Holak já realizou cerca de 100 perícias de abuso sexual infantil em Apucarana. (Foto - arquivo pessoal)

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Na região – De acordo com Izamara, somente ela já realizou cerca de 100 pericias junto ao Fórum de Apucarana nos últimos seis anos. “É uma demanda muito grande, até porque comigo ainda tem 20 casos que não foram concluídos, fora aqueles que não chegam até mim, ou que não são nem denunciados”.

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Para a psicóloga falta investimento nessa área, para que os atendimentos sejam feitos de maneira mais rápida e consequentemente deixe menos danos ás vítimas.

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Foto de Capa: Família deve se atentar aos sinais que a criança dá para identificar o crime. (foto – reprodução)

 

 

 

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