Saiu no site MULHERES TRANSFORMADORAS:
Veja publicação original: Carmen Lúcia, presidente do STF, acredita que mulheres precisam lutar contra protagonismo masculino na criação de leis
.
Uma manhã dedicada ao desenvolvimento profissional e pessoal feminino. O curso do projeto Womenwill (Google) reuniu, no dia 10 de maio, cerca de três mil mulheres interessadas em potencializar o poder de liderança, aprimorar habilidades pessoais, encontrar novas inspirações e compreender a cultura inclusiva nos locais de trabalho. O evento, que contou com participações de peso como a da Ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); Susana Ayarza, diretora de Marketing da Google, e as facilitadoras do projeto, Priscilla de Sá e Dilma Campos, arrancou reações entusiasmadas das participantes, que demonstraram conhecimento político e interesse na transformação do cenário de desigualdade atual.
.
.
A discurso de abertura ficou por conta da presidente da corte, que convocou maior participação feminina na política. Ovacionada pelas brasilienses, a ministra avaliou que na sociedade brasileira o que predomina é o olhar do homem. Cármen falou, também, sobre união para combater a desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
.
Nós, mulheres, podemos ser maioria no Brasil em termos de formação intelectual, mas em termos de posicionamento no mercado de trabalho, é exatamente e, infelizmente, demonstração de que a igualdade ainda não aconteceu entre homens e mulheres. As leis brasileiras são feitas, majoritariamente, por homens, sem levar em consideração a realidade das mulheres. Somos parte de uma sociedade em que predomina, ainda, o olhar do homem pelo homem”, afirmou a ministra Cármen Lúcia.
.
.
Susana Ayarza também abordou a participação da mulher no mercado de trabalho, revelando que, segundo pesquisas, o desemprego entre mulheres é 29% quando comparado aos homens. Embasada em estudos recentes, ela discorreu sobre vários dados que exprimem o quanto a desigualdade de gênero afeta a economia brasileira e mundial.
.
Atualmente, as mulheres ocupam, apenas, 2,8% dos cargos de liderança mesmo tendo qualificação igual ou superior aos profissionais do sexo masculino. Estudos já apontam que o PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil seria 30% maior se houvesse igualdade de gênero”, acentuou a diretora do Google.
.
.
Especialista em liderança feminina a jornalista, psicóloga e youtuber Priscilla de Sá deu dicas para as mulheres se tornarem líderes e derrubarem o mito de que mulheres não sabem liderar. Segundo ela, diferente dos homens que lideram no sentido vertical (um no topo e subordinados abaixo), a liderança feminina é circular, atingindo quem está a sua volta. Priscilla revelou que as mulheres que chegam a cargos de liderança investem 28 vezes mais em responsabilidade social durante o caminho, o que reflete em transformações nas empresas e no local onde elas atuam.
.
Para sermos a mulher que queremos, devemos criar oportunidades. Ser produtiva é alcançar resultados. E quando não lidera, você só reage, mas quando lidera, você realiza! Quando você não lidera, você deixa o homem decidir, deixa de conseguir um emprego ou aumento, deixa de perseguir seus sonhos. E liderar não é disparar ordens, mas sim atrair resultados”, provocou.
.
.
Empreendedora de sucesso, Dilma Campos abordou temas relacionados a negócios e marcou com mensagem de persistência: “desistir jamais”. Depois de ensinar todas as participantes a uitlizarem a “pose da Mulher Maravilha” para reunir coragem diante de uma tarefa difícil, a empreendedora revelou que 95% das decisões de compra são inconscientes e, por isso, é essencial conhecer bem o cliente para saber surpreendê-lo.
.
Para vender qualquer coisa, você precisa, primeiramente, vender a si mesma. Para isso você precisa de autoconfiança. Acredite em si mesmo e no seu negócio. Dedique-se, pois nada vem sem esforço. Quando mais conhecimento você buscar, mais aprendizado terá para lidar com os imprevistos. Treine, simule e persista. Assim estará sempre pronta. E o principal: não desista jamais”, concluiu.
.
Foto do destaque: Antônio Cruz/Agência Brasil
.
.
.
.
