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Nathalia Dill defende descriminalização do aborto: “Mulheres pobres morrem”

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Veja publicação original: Nathalia Dill defende descriminalização do aborto: “Mulheres pobres morrem”

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Frequentemente atacada nas redes sociais por defender abertamente suas convicções políticas, Nathalia Dill acredita que se posicionar é uma necessidade frente a uma realidade barra-pesada para as mulheres no Brasil.

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Em entrevista à revista “Cosmopolitan” de maio, a atriz — que está no ar como a feminista Elisabeta da novela das 6 “Orgulho e Paixão” — explicou por que defende a descriminalização do aborto.

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“As ricas quando têm uma gravidez indesejada abortam com segurança, enquanto as pobres morrem em lugares clandestinos. Isso é ser a favor da vida?”, questionou.

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Nathalia também afirmou que se sentia representada pela vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em março. “Meus pais sempre foram politizados, e quando eu era mais jovem pedia indicações deles para votar nas eleições. Com a Marielle, isso mudou. Foi a primeira vez que sugeri um candidato em quem eles votaram”.

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Desta identificação com Marielle surge inspiração, para ela, para discutir temas difíceis como este. “Deixei de ter tanto medo de dar a cara a tapa. Por outro lado, brigo menos”.

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Tavinho Costa/Revista Cosmopolitan
Imagem: Tavinho Costa/Revista Cosmopolitan
Tavinho Costa/Revista Cosmopolitan
 Imagem: Tavinho Costa/Revista Cosmopolitan

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Mulheres à frente

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Para a atriz, um exemplo de liderança como este e as discussões que provoca são necessárias.

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“Não somos estimuladas a nos tornarmos líderes e as portas não se abrem tão facilmente para nós em cargos de comando. As mulheres trabalham, ganham dinheiro e são chefes nas empresas. O que elas querem mais?” Nos falta muito ainda, oras! Nenhum país pode dizer ‘aqui temos igualdade de gênero’”, acredita.

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E a percepção de que o avanço de carreira não é dado a passos largos — ou, ao menos, em pé de igualdade — é um dos motivos pelos quais Nathalia tem postergado a maternidade.

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“Nunca passou pela minha cabeça não ter. Mas tem o tal do relógio biológico, que se desconectou do prazo para que a gente conquistasse a autossuficiência e a realização pessoal. Sim, eu poderia ter tido um filho dez anos atrás, seria o ideal. Mas não teria sido a mãe que sonho ser, com a cabeça boa que tenho agora”.

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Ela também encara de maneira positiva o fim do relacionamento com o ator Sérgio Guizé. “O objetivo de todo casal é ser feliz. Se não é, não vale a pena. A separação também pode ser um final feliz”.

 

 

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