Saiu no site AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS:
Veja publicação original: Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro é tema de nova campanha da ONU sobre direitos sexuais e reprodutivos
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O Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) lançou na noite dessa quinta-feira (26), em São Paulo, a campanha ‘Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro’. As peças vão circular nas redes sociais e o objetivo é conscientizar mulheres e adolescentes sobre o direito de tomar decisões autônomas sobre sua sexualidade – sobre engravidar ou não, quando e quantos filhos ter e sobre como vivenciar a maternidade.
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A iniciativa conta com o apoio das atrizes Juliana Alves e Bella Piero, e das youtubers Gabi Oliveira, do canal DePretas, e Juliana Tolezano, a Jout Jout. Elas gravaram vídeos falando das próprias experiências relacionadas à saúde sexual e reprodutiva.
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Inspirada na ação global “She Decides”, que procura ampliar e qualificar o debate público a respeito do poder da mulher em decidir sobre seu corpo, a campanha tem ainda o site ElaDecide.org, que é possível buscar informações sobre métodos contraceptivos e tirar dúvidas sobre sexualidade.
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Essa é a primeira ação da Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil, liderado pelo Unfpa. O grupo é composto pela Embaixada dos Países Baixos, além das empresas Bayer, MSD, Semina e Instituto Ethos e pretende mobilizar em todo o país ações de apoio e empoderamento das mulheres e adolescentes.
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Além dos integrantes da Aliança, apoiam a campanha ainda outras instituições, como Reckitt Benckiser, Laboratório Sabin, Magazine Luíza, Sesc São Paulo e Movimento Mulher 360.
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“O corpo é meu, a historia é minha, as batalhas, vergonhas e medos também. Já passou do tempo de nos calarmos e aceitarmos ser julgadas por nossa condição de gênero”, disse a atriz Bella Piero, no debate de lançamento. “A maior parte dos abusos contra as mulheres acontece dentro de casa”, completou
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Piero defendeu ainda o direito das mulheres e adolescentes sobre a sexualidade e a maternidade. Para ela, a cultura machista é muito presente no Brasil.
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Outra estrela da Campanha, a youtuber Gabi Oliveira, do Canal DePretas, acredita que essa iniciativa só fará sentido se as meninas das periferias forem ouvidas. “De quais mulheres estamos falando? Cresci já sabendo sobre o meu direito de decidir, mas essa não é a realidade. Estamos tendo a oportunidade de construir uma nova narrativa. Essas meninas precisam se sentir representadas e nós temos que saber o que elas entendem com ‘Elas decidem’”, disse.
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Também engajada em campanhas contra a violência doméstica e o assédio sexual no mundo corporativo, a empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza e do movimento Mulheres do Brasil, defendeu cotas para mulheres nos conselhos de administração de companhias. “As próprias mulheres me falavam que o critério para a ascensão deveria ser a meritocracia. E eu dizia: ‘Então espere 110 anos’”, afirmou.
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Ela acredita que a empresa tem que ganhar dinheiro e ser social. “Só através da economia a gente vai ter justiça. 60% da população ganham menos de R$ 2 mil por mês. Dizem que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. No Magazine Luíza, metemos a colher sim e denunciamos.”
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Confira o vídeo da campanha aqui.
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Dados
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Segundo o Ministério da Saúde, 18% dos bebês nascidos vivos são gerados por mães com menos de 19 anos. A maioria das mães com idade entre 15 e 19 anos é negra, conforme o IBGE: sete em cada 10 são pretas ou pardas.
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Uma pesquisa da Fiocruz, realizada em 2012, mostra ainda que 3 em cada 10 mães não planejaram a gravidez.
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O movimento defende que é urgente o envolvimento da sociedade para combater os altos índices de gestações não planejadas, de mortes em decorrência de complicações durante a gravidez, o parto e o pós-parto e a elevação da incidência de infecções de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
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A campanha destaca que, apesar do crescimento de incidência de HIV em adolescentes no Brasil, a educação sobre sexualidade em geral não faz parte do currículo das escolas de educação básica.
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Para o representante do Unfpa no Brasil, Jaime Nadal, o desenvolvimento do país não é apenas uma responsabilidade do Estado, mas de diferentes segmentos da sociedade.
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“Apesar dos muitos avanços no Brasil nas últimas décadas, ainda são necessários esforços de vários setores da sociedade, inclusive da iniciativa privada, para tornar o acesso à informação e aos serviços de saúde universais e integrais. Esse acesso é fundamental para assegurar que mulheres e jovens possam decidir com autonomia sobre sua sexualidade, sobre ter ou não ter filhos e o melhor momento em suas vidas para a maternidade”, afirma.
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A presidente da Semina, Maria Luiza, disse que apoia a iniciativa porque acredita que o melhor caminho para falar com as mais jovens são as redes sociais digitais. “Queremos informar, educar e exercer a possibilidade da informação. Acredito em uma campanha que diz eu conheço, eu posso, eu decido e sou feliz.”
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O presidente da Bayer do Brasil, Theo van der Loo, também marcou presença no evento e falou sobre a importância das empresas se envolverem em iniciativas como essa. “Estamos fazendo algo que vai além do negócio, A causa das mulheres também nossa e não é por acaso que fomos os pioneiros na área de contracepção no Brasil.”
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Da MSD, Valéria Clemente acrescentou: “vamos dormir um pouco melhor, este é um projeto que vai gerar saúde. E decidir sobre prevenção também é saúde.”
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A campanha foi pensa com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, principalmente o ODS 3, que busca assegurar vida saudável e promover bem-estar para todas as pessoas e o ODS 5, que defende a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e jovens.
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Redação da Agência de Notícias da Aids
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