Saiu no site REVISTA PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS:
Veja publicação original: EMPREENDEDORAS DE MODA CRIAM LOJA SUSTENTÁVEL EM NITERÓI
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Coletivo no Center Icaraí recebe novas marcas a cada dois meses
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Reunião de pessoas em prol de um mesmo objetivo. Esse é um dos significados de Tertúlia, substantivo feminino escolhido pelas empreendedoras Viviane Spitz e Maria Eduarda Rodrigues para batizar a pop up store criada por elas para apresentar novos talentos da moda que escolheram a sustentabilidade como palavra de ordem de suas marcas.
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A preocupação com o meio ambiente vai além do modelo de vendas compartilhadas e dos tecidos eleitos para confecção dos produtos.Está presente também na maneira como eles são produzidos. Localizado no shopping Center Icaraí, o coletivo recebe novas marcas a cada dois meses.
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Atualmente são oito, entre elas os óculos de sol da linha própria da Lunetterie, os tênis de material ecológico da franco-brasileira Vert, as T-shirts unissex 100% algodão da Diferencie e os produtos de moda casa da Teart feitos com sobra da indústria.
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O mix inicial conta ainda com os acessórios verdes da Ame e da carioca O’Lazuli, que ressignifica itens como cordas de construção e alpinismo, além dos biquínis da Pipa, marca de beachwear de Maria Eduarda; e das roupas da Mantis. Essa última, criada há um ano, tem peças de estilistas convidados por Viviane.
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A colaboração sempre esteve no sangue da curadora de moda e empresária, que nasceu em uma família de empreendedores e, por alguns anos, esteve à frente da franquia de uma consagrada etiqueta nacional. Viviane conheceu Maria Eduarda quando ambas cursaram Design de Moda, no Istituto Europeo di Design (IED).
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Foi lá que elas resolveram criar a Tertúlia, inaugurada no fim de 2017. O projeto do espaço, todo em material reciclado — como caixotes, que dialogam com o verde de plantas e folhagens —, leva a assinatura da Matilha Arquitetura, de Niterói.
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De acordo com Viviane, a Tertúlia busca promover pequenas marcas e contribuir para tornar a cadeia produtiva mais justa. Ela ressalta que selos pequenos não produzem em larga escala, o que também é sustentável.
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— Mais do que o espaço compartilhado, que possibilita a exposição de várias marcas ao mesmo tempo, dividimos também os materiais de produção. Com isso, resolvemos um problema enfrentado por quase todas as marcas pequenas, o do desperdício de material. Moda vai muito além de uma peça bonita. Precisamos pensar no impacto que aquele item de que gostamos tem no mundo, o que ele causa ao meio ambiente e para as pessoas que o produziram — analisa.
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Maria Eduarda destaca que a produção em pequena escala resguarda a essência das marcas e garante uma peça mais personalizada para o cliente:
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— Fazemos questão de mostrar o DNA das marcas. A Lunetterie, por exemplo, trabalha com mercadorias de terceiros, mas aqui só temos peças de fabricação própria.
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As marcas interessadas em expor e participar da Tertúlia podem escolher entre dois modelos de negócios de venda consignada. Um deles é o aluguel de arara, no qual é pago um valor a partir de R$ 500 mensais por um espaço na loja e repassado para o coletivo 20% do valor dos produtos. No outro, não há cobrança de aluguel, e o repasse é de 50%.
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