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Manuela: Estado não é estruturado para ajudar na emancipação da mulher

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Veja publicação original: Manuela: Estado não é estruturado para ajudar na emancipação da mulher

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Na manhã desta segunda-feira (2), a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila participou de um debate sobre o combate ao feminicídio na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

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Em sua fala, Manuela afirmou que ao falar de feminicídio é preciso compreender de onde ele nasce. “Ninguém nasce achando que pode executar alguém que é biologicamente diferente”, pontuou.

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A pré-candidata explicou que quando nascemos, somos colocados em determinadas “caixas” que pressupõem determinados papeis ou personagens.

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Como exemplo citou os presentes que as crianças recebem durante a infância. “As meninas ganham casas e bonecas, os meninos ganham brinquedos de estímulos físicos, como a bola e aqueles bloquinhos de pequeno engenheiro”. Segundo Manuela, isso reforça que o homem será do mundo e que as mulheres pertencem ao ambiente privado.

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“Quando olhamos a realidade da desigualdade de homens e mulheres no Brasil e vemos que 50% das mulheres que são mães não conseguem voltar ao mercado de trabalho, é porque a nossa sociedade está estruturada desde a infância que as mulheres são as únicas responsáveis pelas cozinhas e bonecas”.

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Para Manuela, questões culturais como machismo, patriarcalismo e outros tipos de subjugação do gênero feminino são fatores determinantes nos casos de violências contra as mulheres.

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“O que leva um homem a pensar que é tão dono de alguém? O que leva essa pessoa a acreditar que ela é dona da outra, a ponto de se desfazer dela, como se desfizesse de objetos?”, indagou a pré-candidata. Segundo ela, o centro disso são os papeis estabelecidos na sociedade, papeis que são construídos culturalmente.

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“Temos uma sociedade que é estruturada a partir da desigualdade entre mulheres e homens”.

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De acordo com a pré-candidata, o Estado não é estruturado para ajudar na emancipação das mulheres. Exemplo disto, é a Emenda Constitucional 95, que congela os gastos públicos por 20 anos. “Na falta de creche para os filhos, quem fica em casa cuidando das crianças? As mulheres!”.

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Defensora dos direitos das mulheres, Manuela D’Ávila afirma que decidiu dedicar sua vida no combate ao machismo.

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Assista na íntegra a participação de Manuela D’Ávila no debate:

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