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Veja publicação original: ‘Herói’ do Costa Concordia é acusado de violência doméstica
FLORENÇA, 18 FEV (ANSA) – O comandante da Capitania dos Portos da Itália Gregorio De Falco, conhecido mundialmente por sua atuação no naufrágio do navio Costa Concordia e candidato a senador pelo partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), está sendo acusado de agredir sua esposa e sua filha.
O caso teria ocorrido há uma semana e foi reportado à polícia de Livorno, na costa da Toscana, pela própria mulher de De Falco, autor da célebre frase “Vada a bordo, cazzo” (“Volte a bordo, car…”, em tradução livre). “Meu marido, em estado de alteração, durante uma briga quente em casa, agrediu uma de nossas duas filhas e eu”, disse.
No entanto, segundo o jornal “Corriere della Sera”, a esposa preferiu não formalizar a denúncia. A filha supostamente agredida por De Falco, que virou maior de idade há pouco tempo, fugiu de casa e só voltou “depois de muitas horas”. Ela teria sido puxada pelos cabelos.
De Falco é uma das estrelas do M5S para as eleições legislativas de 4 de março, quando o partido pleiteia se tornar o mais votado da Itália. Ele é candidato ao Senado no distrito “Toscana 2”, que compreende as províncias de Arezzo, Siena, Pisa e Livorno.
Em janeiro de 2012, De Falco ganhou notoriedade no mundo inteiro após a divulgação de uma gravação que o mostrava exigindo, em vão, que o capitão do Costa Concordia, Francesco Schettino, condenado mais tarde a 16 anos e um mês de prisão, voltasse ao navio para comandar sua evacuação.
“Nós não vamos repetir a sujeira que já vimos, mas se há candidatos que colocam suas mãos sobre a mulher ou a filha, devemos dizer não. Não se brinca com a violência. Não podemos arriscar ter entre nossos representantes alguém desse nível”, afirmou o candidato a primeiro-ministro e secretário do Partido Democrático (PD), Matteo Renzi, sem citar De Falco diretamente.
Por sua vez, o oficial da Capitania dos Portos afirmou à ANSA que nunca foi violento e que o caso está sendo alvo de “instrumentalização midiática” para “denegri-lo”. “As dificuldades em encontrar um acordo econômico entre as partes e a tensão que deriva disso foram os motivos desencadeadores de uma recente discussão. Mas afirmo e reitero, com honestidade, que não fui autor de violência, injustamente atribuída à minha pessoa”, explicou De Falco. (ANSA)
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