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Ameaça lidera ranking da violência contra a mulher

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Durante os dias de Carnaval em São Luís, 47 Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) foram solicitadas na Casa da Mulher Brasileira; casos de assédios não foram registrados, mas houve um de estupro e prisões em flagrante

 

78 ocorrências de violência doméstica foram registradas pela Casa da Mulher Brasileira, no Jaracati, em São Luís, durante o período de Carnaval, da sexta-feira, 9, até a Quarta-Feira de Cinzas, 14. Desse total, 47 foram solicitações de Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) por causa de ameaças, um caso de estupro, três prisões em flagrante, 17 inquéritos policiais foram instaurados, além de denúncias de crimes contra a honra, como injúria e difamação.

De acordo com Wanda Moura Leite, delegada titular da Delegacia Especial da Mulher (DEM), que funciona na Casa da Mulher Brasileira, alguns crimes só são caracterizados e registrados se a mulher registrar uma queixa ou denúncia. “Quando a mulher é agredida, quando a lesão corporal é identificada, automaticamente a Delegacia da Mulher instaura um inquérito para investigar o caso e prender o agressor. Mas em crimes de estupro, ameaças, difamação, entre outros, é necessário e importante que a vítima denuncie para que o Estado processe o meliante”, ressaltou Wanda Moura.

A delegada destacou que não houve registro de assédio durante o Carnaval. “Aderimos a uma campanha contra o assédio durante a folia e surtiu efeito. Não registramos nenhuma ocorrência de assédio no Carnaval. Isso é um dado positivo”, explicou. O assédio no Carnaval está incluso na Lei de Contravenções Penais, artigo 61, e se caracteriza como Importunação Ofensiva ao Pudor em Espaços Acessíveis ou Públicos.

Enquanto O Estado levantava os dados na Casa da Mulher Brasileira, ontem, uma mulher registrava denúncia por estar sendo ameaçada de morte pelo ex-companheiro. A vítima estava acompanhada por dois vizinhos, que testemunharam a situação.
“Registramos uma ocorrência de estupro na terça-feira, 13, de Carnaval, mas o crime não foi consumado durante a folia. A vítima relatou que foi estuprada por um taxista quando voltava de uma festa. No momento, não posso passar mais informações sobre essa ocorrência, que está sendo investigada”, ressaltou a delegada.

SAIBA MAIS

3.716 visitas e rondas foram realizadas pela Patrulha Maria da Penha de fevereiro a dezembro de 2017 na Grande Ilha, região composta pelas cidades de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. De acordo com o órgão da Polícia Militar (PM), de 1.435 medidas protetivas cadastradas, um total de 1.150 mulheres em situação de vulnerabilidade receberam atendimentos.
“Conforme a gravidade do caso, intensificamos as visitas. Tem casos que o agressor insiste em ficar provocando as vítimas e, diante disso, temos que ter mais cuidados. Chegamos a realizar mais de uma visita diária a mesma mulher. Em 2017, também efetuamos 20 prisões por descumprimento de Medidas Protetivas e 21 mulheres foram encaminhadas para o apoio psicológico”, ressaltou a coronel Maria Augusta, comandante da Patrulha Maria da Penha.

 

 

 

 

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