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Fórmula 1 anuncia fim das ‘grid girls’ e modelos protestam

Saiu no site REVISTA MARIE CLAIRE:

 

Veja publicação original:  Fórmula 1 anuncia fim das ‘grid girls’ e modelos protestam

 

“Esse costume não faz parte dos nossos valores e é questionável nas normas sociais modernas”, diz comunicado da F1

 

Na última quarta-feira, 1 de fevereiro, a Fórmula 1 anunciou que não vai mais realizar o desfile das grid girls a partir do GP da Austrália, o primeiro de 2018. De acordo com o diretor da F1, Sean Bratches, a medida é parte de uma série de mudanças da marca. “A prática de empregar ‘grid girls’ na Fórmula 1 é uma tradição, mas sentimos que esse costume não faz parte dos nossos valores e é claramente questionável nas normas sociais modernas. Não acreditamos que essa prática seja apropriada ou relevante para Fórmula 1 e para os seus fãs, antigos e novos”, dizia o comunicado oficial. A medida é um avanço importante e positivo na indústria automobilística, onde a mulher ainda ocupa um papel estereotipado e objetificado.

Lá fora, as grid girls estão protestando contra a decisão. Em depoimento ao The Telegraph, Rebecca Cooper, cinco vezes grid girl da Fórmula 1, defende que o trabalho não se resume a “ficar ali de pé, bonita”. No Twitter, colocou o posicionamento das mulheres que são contra a atividade em xeque. “É ridículo que mulheres que dizem estarem ‘lutando pelos direitos das mulheres’, digam o que se pode ou não fazer, nos impedindo de realizar um trabalho que amamos e temos orgulho. O politicamente correto enloqueceu.”

Em outro depoimento, Michelle Westby‏, ex-grid girl, e hoje pilota de drift, disse que se não fosse pelo trabalho como modelo promocional, não estaria nessa posição, ainda dominada por homens. “Recebo mensagens o tempo todo de garotas dizendo o quanto as motivo e o quanto elas têm vontade de pilotar, achando que nunca seriam aceitas. O que as pessoas não percebem é que temos um grande conhecimento dos produtos que promovemos. Cabe a nós decidir se estamos ou não confortáveis na roupa que teremos de usar. Usamos mais roupas do que adolescentes nos supermercados. Hoje não trabalho mais de grid girls, mas pensar que um monte de meninas perderam um renda importante porque feministas pensam que sabem de tudo, quando não sabem de nada, é frustrante.”

 

 

 

 

 

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