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Veja publicação original: Mulheres que acusam Trump de assédio sexual criticam lentidão nas investigações
Queda de Weinstein chamou atenção para o assédio de homens poderosos. Mas investigações ainda não chegaram à política americana.
As mulheres que acusaram o presidente Donald Trump de assédio sexual aguardam pacientemente a justiça
Na última quinta-feira (16), três das 16 mulheres que acusaram Trump por alguma forma de agressão sexual finalmente falaram abertamente sobre a violência em entrevista à People.
Elas discutiram como tem sido para elas conviver com o seu agressor na presidência do País, à medida em que mais e mais homens no poder estão sendo condenados publicamente por acusações de má conduta sexual como resultado, principalmente, do movimento #MeToo.
A jornalista Natasha Stoynoff, que acusou Trump de assedia-la em 2005 enquanto tentava realizar uma entrevista com o político, disse que as acusações estavam sendo marginalizadas.
“Estão cozinhando no fogão com a tampa aberta, como uma panela de pressão. Mas agora o calor está cada vez maior, vai ferver e a tampa vai explodir”, argumentou.
No último mês, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, alegou que a posição oficial do governo sobre as acusações de agressão sexual é a de que todas as mulheres estariam mentindo. Em outubro de 2016, foram veiculadas imagens de Trump orgulhoso por ter agarrado mulheres em suas bundas.
Stoynoff, porém, considera a atitude da Casa Branca covarde.
“Para Trump e sua secretaria de imprensa continuar a empurrar a falsa ideia de que as mulheres são mentirosas é completamente impróprio e ultrajante, além de eles difamarem covardemente cidadãos”, compartilhou a jornalista.
Jessica Leeds conta que Trump a abusou tocando em suas partes íntimas em um voo na década de 1980. Ela disse que está “extremamente decepcionada” que a investigação e a pressão sobre o presidente tenham parado.
Mindy McGillivray, ainda, afirmou que o político a atacou enquanto ema participava de um evento em Mar-a-Lago, o tradicional clube do político na Flórida
“É perturbador que muitos dos adeptos intransigentes de Trump sejam tão teimosos. Que eles não parecem concordar com a realidade de que seu presidente é tão culpado quanto Roy Moore”, desabafou a vítima.
Roy Moore, outro político americano, foi candidato republicano ao Senado no Alabama, e é acusado por oito mulheres de assédio e abuso sexual, incluindo casos de pedofilia.