Saiu no site AGÊNCIA BRASÍLIA:
Veja publicação original: Brasília adere à campanha da ONU de combate à violência contra a mulher
Participação do DF nos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres começa na segunda (20). Programação prevê capacitações de servidores da Saúde e debate com a sociedade
As atividades dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, no âmbito do Distrito Federal, incluem capacitação de profissionais de saúde, mobilização em hospitais e debate com a comunidade.
A campanha da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) conta com a adesão do governo de Brasília e foi divulgada nesta sexta-feira (17), em entrevista coletiva no Palácio do Buriti.
A proposta da iniciativa é chamar a atenção da sociedade — homens e mulheres — para os vários fatores que naturalizaram a agressão das mulheres por pessoas do sexo masculino, em especial, por companheiros, pais e parentes próximos.
O lançamento oficial, no Brasil, ocorrerá na segunda-feira, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. A coincidência de datas é uma forma de chamar a atenção para as violações impostas às mulheres negras, as que mais são submetidas às violências de cunhos psicológico, físico, econômico e sexual.
No restante do mundo, a campanha começa no dia 25, com o Orange Day, e vai até 10 de dezembro.
A proposta da iniciativa é chamar a atenção da sociedade — homens e mulheres — para os vários fatores que naturalizaram a agressão das mulheres por pessoas do sexo masculino, em especial, por companheiros, pais e parentes próximos
Em 6 de dezembro, os homens serão convocados a se envolver no combate à violência contra mulheres por meio da iniciativa He For She. No Brasil, a data também é chamada de Dia do Laço Branco.
No DF, o lema da campanha é Meninas, Mulheres e Respeito. A programação na capital federal estabelece ações de prevenção à violência contra meninas e mulheres, por meio de debates com a população em unidades de saúde.
Serão utilizadas salas de espera do Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul, e do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde também receberão, nesse período, formação específica para atendimento das vítimas de violência. Dessa forma, busca-se mais rapidez e tratamento humanizado nos procedimentos.
O governo de Brasília aborda o tema por meio do Comitê Intersetorial para o Combate à Violência Sexual no DF. O grupo trabalha com o mapeamento de medidas de combate efetivo ao estupro e ao assédio sexual e analisa dados obtidos por meio das Secretarias da Segurança Pública e da Paz Social e da Saúde.
As ações serão implementadas em 2018. O colegiado é composto pelas seguintes pastas:
- Secretaria Adjunta de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
- Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude
- Secretaria de Saúde
- Secretaria de Educação
- Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social
As estatísticas das pastas demonstram aumento no caso de estupro de vulnerável, ou seja, quando a vítima tem menos de 14 anos. Em outubro deste ano, foram registrados 97 estupros — 64 de vulnerável. O perfil das vítimas é de meninas na faixa etária dos 10 aos 14 anos.
A violência sexual ocorre, geralmente, dentro de casa, e os autores são pessoas próximas, como pai, padrasto ou avô.
O crescimento no volume de registros se deve a dois fatores: redução da subnotificação dos casos de estupro e o entendimento de que a violência sexual tem que ser atendida em unidades psicossociais e de saúde. “O aumento dos atendimentos significa uma maior confiança nos nossos serviços e o sucesso da campanha que incentiva a denúncia de violência”, afirma a secretária adjunta de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, da pasta do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Márcia de Alencar.
Os trabalhos preveem ainda a conscientização com mulheres em regiões de maior vulnerabilidade social, como o Sol Nascente. Isso porque Ceilândia concentra os casos de estupro no território. “Como é a maior região administrativa do DF, também é a que tem mais registros de casos”, explica Márcia Alencar, secretária adjunta de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, da pasta do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
Segundo ela, o conjunto de ações previstas para os 16 Dias de Ativismo visa ao fim da cultura do estupro. “Esse destaque se deve a uma atenção especial que o governo de Brasília está dando para o tema em função dos dados e das informações coletadas pelas redes de atendimento à mulher”, justifica a secretária adjunta.
Origem dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Desde a criação da campanha, em 25 de novembro de 1991, cerca de 160 países já aderiram à mobilização internacional. O Brasil integra essa rede de enfrentamento desde 2003.
O dia foi escolhido como homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, assassinadas em 1960 por se posicionarem contrárias ao regime do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.
Rede de proteção à mulher no DF
Casa da Mulher Brasileira
Setor de Grandes Áreas Isoladas – 601 Norte, Plano Piloto
Telefones: (61) 3226-5024 / 3224-3363
Casa de Proteção Maria da Penha
O endereço da Casa Abrigo é mantido em sigilo por motivos de segurança
Centros Especializados de Atendimento às Mulheres
Ceam 102 Sul
Estação de metrô 102 Sul
Telefone: (61) 3223-7264
Ceam Ceilândia
QNM 2 Conjunto F, Lote 1/3, Ceilândia Centro
Telefones: (61) 3373-6668 / 99199-4674
Ceam Casa da Mulher Brasileira
Setor de Grandes Áreas Isoladas – 601 Norte, Plano Piloto
Telefone: (61) 3224-6221
Ceam Planaltina
Jardim Roriz, Área Especial, Entrequadras 1 e 2, Centro
Telefone: (61) 3389-0841
Unidade de Acolhimento para Mulheres (Casa Flor)
QSD, AE 9, Setor D Sul, ao lado do Creas, em Taguatinga Sul
Telefone: (61) 3561-4797
Centro de Referência Especializado de Assistência Social
Creas Brasília
Setor de Grandes Áreas Sul, Quadra, 614/615 Sul, Lote 108
Telefones: (61) 3346-9332 / 3346-1747/ 3245-8131
Creas Brazlândia
Área Especial nº 1, Lotes K/L
Telefones: (61) 3479-2059 / 3479-4679
Creas Ceilândia
QNM 16, Área Especial Módulo A, Ceilândia Norte
Telefones: (61) 3371-0376 / 3373-2260 / 3373-4539 / 3373- 9854
Creas Estrutural
Área Especial 9, Setor Central, Estrutural
Telefones: (61) 3363-0064/ 3363-0049/ 3465-6295
Creas Gama
Área Especial 11/13, Setor Central
Telefones: (61) 3556-3973/ 3556-1986/ 3384-2395/ 3484-1257
Creas Planaltina
Área Especial H, Lote 06, Setor Central
Telefone: (61) 3389-8996
Creas Samambaia
QN 419, Área Especial 1, Samambaia Norte
Telefone: (61) 98448-0351
Creas Sobradinho
QD 6, Área Especial nº 3, Sobradinho
Telefones: (61) 3387-2241 / 3387-8651
Creas Taguatinga
Área Especial nº 9, Setor D Sul, Taguatinga Sul
Telefones: (61) 3352-9635 / 3563-3842 / 3563-3155 / 3352- 3380 / 3351-8129
Creas Diversidade
Setor de Grandes Áreas Sul, Quadra 614/615 Sul, Lote 108
Telefones: (61) 3224-4898 / 3224-4898
Superando a Violência (antigo Pró-Vítima)
Núcleo Sede
Estação Rodoferroviária, Ala Central, Térreo
Telefones: (61) 2104-1934 / 2104-1967
Núcleo Paranoá
Quadra 5, Conjunto 3, Área Especial D, Parque de Obras
Telefones: (61) 2191-8781 / 2191-8783 / 2191-8784
Núcleo Plano Piloto
Estação de metrô 114 Sul, Subsolo
Telefones: (61) 2104-1191 / 2104-1195
Núcleo Ceilândia
QNN 5/7, Área Especial C
Telefones: (61) 2196-2704 / 2196-2706
Núcleo Guará
Alpendre dos Jovens, Lucio Costa
Telefones: (61) 2104-0280 / 2104-0282
Polícia Civil
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher
Entrequadra 204/205 Sul — Asa Sul
Plantão: (61) 3207-6195 / 98494-9302
Denúncias por telefone
156 (opção 6)
Disque 180
Disque 100
EDIÇÃO: RAQUEL FLORES
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