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Veja publicação original: Mara Wilson, a Matilda, pede que parem de sexualizar atrizes mirins de Hollywood
Atriz ainda lamenta os comentários maldosos a respeito de Millie Bobby Brown, de Stranger Things.
Mara Wilson, atriz que ficou famosa por seus papéis infantis em filmes como Uma Babá Quase Perfeita e Matilda, está atualmente com 30 anos e ainda demonstra grande preocupação com os atores mirins que hoje experimentam a mesma fase que ela passou na década de 1990.
Durante um ensaio da revista americana Elle, Wilson declarou que a sexualização que começou com a chegada da puberdade mexeu muito com seus sentimentos. “Mesmo antes que eu estivesse fora do ensino médio, eu já tinha aparecido em sites de fetiche e em montagens de pornografia infantil, além de receber todos os tipos de cartas e mensagens online de homens adultos”. Uma das correspondências, recebida por ela aos 15 anos, tinha clara conotação sexual. “A letra era confusa, mas eu entendi o suficiente: ‘Eu adoro as suas pernas”, contou.
Enfrentando, no período, todos os medos e inseguranças comuns que chegam com a puberdade, a atriz revelou ainda que os comentários a respeito de seu corpo deixaram seu processo de crescimento extremamente conturbado. “Toda vez que encontrava um artigo sobre mim, todo aquele medo que eu tinha na puberdade sobre o corpo se confirmava: ou eu era a ‘feia’, o que, como mulher, me tornava inútil, ou era ‘fofa’, o que me fazia um objeto. […] Só por eu ser uma atriz infantil, meu corpo era de domínio público”.
Sua preocupação, agora que está distante dos dramas do passado, fica com as crianças e adolescentes atualmente na mídia. Em especial, Millie Bobby Brown, atriz de Stranger Things de 13 anos. Wilson se enfureceu ao ver um tweet de uma foto de Brown, publicada por um homem adulto. “A legenda dizia que ela ‘simplesmente cresceu na frente dos nossos olhos’. Me senti mal, e depois furiosa. Uma garota de 13 anos não está toda crescida”.
Mara Wilson é otimista ao afirmar que, com a democratização da mídia na atualidade, se tornou muito mais simples expor e criticar esse tipo de comportamento. “Não precisamos perpetuar a cultura da desumanização que Hollywood permitiu”, conclui.
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